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Põe um P no meio

Bolsonarismo atinge a ‘impunidade’ de rebanho

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Autor/Imagem:
Crispiniano Neto/Via Pátria Latina - Foto Tânia Rêgo

Quem mandou matar Marielle Franco, há mais de 1.400 dias nunca foi punido, até porque sempre que algum delegado ou investigador vai se aproximando da verdade, é afastado do caso. No mínimo, cai pra cima, ganhando algum curso no exterior para posterior promoção;

Queiroz, acusado de dezenas de crimes foi preso, mas foi solto e agora almeja uma vaga na Câmara Federal, segundo ele, até com disputa de partidos políticos pela sua filiação;

Os diretores da Vale do Rio Doce que deixaram Brumadinho estourar e matar 270 pessoas, com mais seis desaparecidos, que só pelo milagre da ressurreição ainda poderão estar vivos. Ninguém, punido;

Milhões de quilos de óleo sujando milhões de quilômetros quadrados de mar. Investigação de faz de conta, nenhum culpado apontado, a não ser a Venezuela que nada tem a ver com o basquete e nenhum punido até hoje. E nenhuma perspectiva de punição para ninguém.

Milhões de hectares de Amazônia e do Pantanal queimados criminosamente e nenhum incendiário punido;

Michelle recebeu 89 mil reais em cheques de Fabrício Queiroz. Os órgãos de investigações fazem cara de paisagem.

Dezenas de contas de Flávio Bolsonaro, até mensalidade de escola da filha, pagas com dinheiro vivo. Nenhuma punição;

A mesma Michelle Bolsonaro praticou tráfico de influência para empréstimos a amigos na Caixa Econômica. Tudo provado, mas… Punição nenhuma;

Jair Renan, o filho 04 de Bolsonaro praticou tráfico de influência em mais de um ministério para beneficiar amigos e para se beneficiar. Zero punição.

O irmão de Bolsonaro atuando como lobista liberou dezenas de milhões para prefeituras dirigidas por amigos. Nenhuma punição. Na verdade, nenhum processo aberto, mesmo sabendo-se que existe tráfico de influência.

O general Augusto Heleno tem contra si acusações fortíssimas de quando foi comandante das forças da ONU, no Haiti. Nunca foi nem investigado. E tem também acusações de quando foi dirigente do Comitê Olímpico Brasileiro. Nenhum processo contra ele. Pura impunidade;

Todos sabem que um sargento jamais teria poder de “amufambar” 39 quilos de cocaína dentro de um avião presidencial. Mas ninguém sabe quem mandou ou permitiu que ele embarcasse a muamba no voo internacional. Está preso na Espanha, mas aqui os mandantes continuam sentados em espreguiçadeiras, palitando os dentes, talvez de pijamas. Nenhuma acusação formal, nem um processo, nenhuma punição.

Onix Lorenzoni foi acusado duas vezes de Caixa 2 e absolvido em ambas, sem julgamento, por obra e graça da intervenção de Sérgio Moro. A alegação foi a de que ele pediu desculpas e assim tudo ficava resolvido, como se ainda estivéssemos nos tempos da venda de indulgências.

Bom… Nada pega na galera da cozinha de Jair Bolsonaro, o homem da casa de vidro, do Condomínio Vivendas da Barra e da Muzema.

O Brasil de Bolsonaro é uma imensa beira de Rio das Pedras…

A ‘Imunidade de Rebanho’ contra a Covid é balela, mas a “impunidade do rebanho”, esta sim, funciona. O sistema judiciário brasileiro, com raras exceções está azeitado para deixar Bolsonaro reinar, por mais que seu reinado seja do mal, do crime, da bandidagem.

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