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Conspiração togada

‘Embuste do Judiciário abrirá as portas para a fraude na eleição’

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Major-brigadeiro Jaime Sanchez - Foto José Cruz

O ministro Alexandre de Moraes determinou na semana passada a suspensão do Telegram, caso o aplicativo não bloqueasse perfis que divulgam fake news. Por outro lado, ministros da Suprema Corte ameaçam seguidamente processar quem fizer referências a fraude eleitoral.

Na verdade, o pronunciamento ou publicação da palavra “fraude” está censurada no Brasil, sob pena de o Imperador “Alexandre, o Grandessíssimo…”, enquadrá-lo no ilegal inquérito das fake news, especialmente sendo você um presidente da república, ministro, jornalista, deputado, senador, grande empresário ou militar, para que seja esfregada na cara da Nação a usurpada tirania do Judiciário.

Fraudes praticam suas excelências, sucessivamente, sem qualquer reação dos demais poderes. De fraude em fraude, promovidas por aqueles que juraram combatê-las, o Brasil vai chafurdando na lama jurídica, levando consigo a esperança e a dignidade do povo e tornando-se o paraíso da corrupção, das arbitrariedades e da violação das liberdades individuais.

Não me refiro exclusivamente a fraude eleitoral, mas a todo o arsenal de manobras espúrias que vêm sendo urdidas nos porões da justiça para impedir a reconstrução do País.

Segundo a Enciclopédia Jurídica, a fraude é um “embuste, estratagema, sagacidade que leva o iludido à aparência adulterada da veridicidade. Ação prejudicial eivada de má-fé e deflagrada por alguém contra terceira pessoa ou mesmo da comunidade”.

Essa é a descrição ipsis litteris do golpe que vem sendo tramado pelos lacaios togados, com a nítida intenção, não apenas de viabilizar a candidatura do ex-condenado mas, em última análise, de garantir seu retorno ao comando da quadrilha que assaltou o País durante mais de três décadas.

A conspiração esquerdista começou logo após a aceitação da primeira denúncia, em setembro de 2016, quando Lula tornou-se réu na Operação Lava Jato, com o objetivo de repetir a farsa que se revelou o julgamento do mensalão, comandado por um ator que permanecia de pé durante as audiências do julgamento para bancar o herói perante a opinião pública, e que conduziu uma comédia que iludiu uma sociedade desacostumada com a condenação e prisão de autoridades criminosas, desde o término dos governos militares.

Naquele processo, 41 réus foram denunciados, dentre eles o Chefe da Casa Civil e o tesoureiro do PT, mas o chefe da quadrilha foi inocentado e os condenados estão todos livres, ricos, participando do processo eleitoral e reincidindo no crime.

Centenas de recursos foram impetrados pela defesa para postergar a condenação, vulgarizar o processo e criar nos seus eleitores a falsa impressão de inocência.

Esses recursos foram inicialmente rechaçados para dar ares de austeridade jurídica, mas não passava de uma estratégia para pavimentar o caminho para o objetivo final, que teve como pedra fundamental a caneta penhorada do relator Fachin, talvez confundindo a inexplicável benção do Papa ao ladravaz com um perdão pelos crimes cometidos e fartamente demonstrados e consumados pela condenação em três instâncias, por unanimidade, com sentença confirmada por uma dezena de juízes.

Sua decisão, sem nenhum embasamento jurídico, apoiou-se apenas no “indestrutível” argumento de que o dinheiro que ele larapiou não era da Petrobras e, portanto, nenhum desses juízes poderia colocá-lo na cadeia.

Esse é um típico crime de prevaricação, quando um “funcionário público dificulta ou falta com os deveres de seu cargo, ou pratica atos de ofício, para atender interesses pessoais”.

Suas excelências também são useiros e vezeiros em incorrer no crime de responsabilidade, segundo o artigo 40 da Lei no 1.079: “emitir parecer, quando, por lei, seja suspeito na causa; recusar-se a prática de ato que lhe incumba; ser patentemente desidioso no cumprimento de suas atribuições; proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.

Ao ler esse dispositivo, me vem a figura do adiantamento indefinido de processos contra criminosos preferenciais por razões pouco republicanas, bem como a prática da militância política, ao entupir suas pautas com demandas irrelevantes, de interesse exclusivo do projeto da volta ao poder.

Nada disso é levado em consideração pelo presidente do Senado, que também prevarica em defesa da sua classe de rabo preso.

A Suprema Corte, o Congresso Nacional, a mídia militante e os institutos de pesquisa financiados pela esquerda estão utilizando todos os recursos possíveis para provar ao mundo que o Brasil é o paraíso da corrupção, onde o crime compensa e todos os criminosos do colarinho branco, desde a denúncia do deputado Roberto Jefferson que deu origem ao mensalão, estão em liberdade e participando ativamente da campanha da retomada do poder para voltarem a abastecer os voluptuosos bolsos da quadrilha.

A linha de chegada dessa maratona será a fraude eleitoral de outubro.

É muita coincidência que, na reta final das eleições, tenham sido “escolhidos” exatamente os dois ministros que mais serviços prestaram à ressureição do ladravaz. O sorteio deve ter sido nos moldes da escolha do Toffoli para o inquérito das fake news.

Tudo isso se passa aos olhos das autoridades, inertes e covardes, cujo silêncio é quebrado apenas pelos arroubos verbais de um presidente guerreiro, empenhado numa luta inglória contra um inimigo organizado, poderoso e desleal.

É preciso repetir, ostensivamente, até o dia da eleição, para que seja absorvido pela sociedade, que a forma mais democrática e barata de deixar patente uma eventual fraude eleitoral é o comparecimento às urnas vestindo uma camisa amarela e provocando o tsunami amarelo, que será compulsoriamente registrado pela televisão.

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