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Russos e australianos

Ciência cria córnea artificial que acaba com a cegueira

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição - Foto Divulgação

Um grupo de cientistas da Don State Technical University (DSTU, Rostov-on-Don, na Rússia), juntamente com colegas da Austrália, desenvolveram parâmetros de material ideal para próteses corneanas eficazes e baratas. Srá possível criar córneas artificiais de última geração para cirurgia ocular que se enraizarão facilmente sem danificar os tecidos oculares saudáveis, informou o serviço de imprensa da universidade.

A córnea é a parte mais convexa da concha externa do globo ocular, que está envolvida na refração da luz. Consiste em várias camadas de tecidos elásticos e porosos especiais. A lesão da córnea é uma das patologias oculares mais comuns, que pode ser tratada apenas com a ajuda de uma operação cara, explicaram os cientistas.

O transplante de córnea não garante a restauração da visão devido à alta probabilidade de rejeição dos tecidos, enquanto uma tecnologia protética eficiente ainda não for desenvolvida. Um dos principais desafios para a cirurgia ocular moderna é criar uma prótese barata que seja o mais semelhante possível à córnea.

Os pesquisadores agora realizaram com sucesso a modelagem matemática das propriedades do material da prótese, o que permitirá implantar a prótese no olho com sucesso.

“Devido à diferença de elasticidade do material da prótese e da córnea, as próteses existentes desenvolvem zonas de estresse no local de contato com o globo ocular, o que leva à degradação do tecido ocular. Realizamos uma série de testes para determinar os parâmetros de um possível material que permitiria evitar esse problema”, disse Alexander Epikhin, pesquisador principal do Centro de Pesquisa e Educação e chefe do departamento de oftalmologia da Rostov State Medical University.

Para evitar rejeição ou danos ao olho na área de contato com a lente da prótese, os cientistas devem usar uma camada intermediária de um polímero heterogêneo. Permitirá imitar deformações naturais da córnea, além de aumentar a parte óptica da prótese para expandir o ângulo de visão.

“Os dados obtidos nos permitirão selecionar materiais porosos para o desenvolvimento de um novo elemento de fixação para a peça óptica. No entanto, existem outros problemas a serem resolvidos: por exemplo, quando a parte de suporte da prótese entra em contato com a córnea, os tecidos moles são destruídos e a própria prótese pode ser empurrada para fora pela pressão intraocular”, disse Arkady Solovyov, chefe do Departamento de Mecânica Teórica e Aplicada.

O estudo é realizado no âmbito da bolsa nº 220 fornecida pelo governo russo para 2018-2022 para pesquisar “Biomecânica dos tecidos da cavidade oral e do globo ocular e materiais biocompatíveis otimizados para implantação”. A equipe científica foi chefiada pelo professor Michael Swain, da Universidade de Sydney. No futuro, os pesquisadores pretendem passar para a seleção experimental de materiais específicos para testar protótipos da nova prótese em modelos biológicos.

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