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Morro da Capelinha

Via Sacra presencial está de volta após dois anos

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição - Foto de Arquivo

Depois de dois anos sem ser realizada, em função da pandemia da covid-19, a Via Sacra ao Vivo de Planaltina prepara-se para emocionar um público estimado de 100 mil pessoas que devem se deslocar, ao longo do dia 15 de abril, para o Morro da Capelinha. Bem imaterial do Distrito Federal desde 2008, a encenação da morte e ressurreição de Jesus Cristo tem, neste ano, fomento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) em valor estimado de R$ 700 mil.

No momento, a pasta acerta os detalhes finais para a assinatura do repasse do recurso em tempo hábil para a realização da manifestação tradicional popular e religiosa, realizada desde 1973.

Marcada para as 15h, a encenação será transmitida em tempo real, com intérpretes de Libras | Foto: Divulgação
“Será um momento de exaltação à fé e de renovar esperança na volta à normalidade. Nossas tradições religiosas e culturais permaneceram inabaláveis e agora voltam com toda energia, criando um clima de grande expectativa no segmento da economia criativa”, destaca o secretário Bartolomeu Rodrigues, que acompanha de perto os trâmites da contratação.

Às vésperas de completar meio século de existência, a Paixão de Cristo no Morro da Capelinha tem proposta de realização híbrida, com exibição das encenações do Domingo de Ramos, às 13h, e da Santa Ceia, às 14h, antes do evento presencial, tanto em telão de LED de 10 por 6 metros, instalado no Morro da Capelinha, quanto no canal do YouTube do Grupo Via Sacra.

Marcada para as 15h, a encenação também será transmitida em tempo real, com intérpretes de Libras. O local terá um espaço destinado para que pessoas com deficiência possam acompanhar a encenação presencial, garantindo assim acessibilidade ao evento.

Quinze estações
Com mais de mil atores, figurantes e voluntários, o espetáculo Via Sacra ao Vivo de Planaltina começa com a condenação de Jesus à morte nos três julgamentos: religioso (por Anás e Caifás); político (por Herodes) e militar (por Pilatos). Após a flagelação e coroação de espinhos, são encenadas as demais estações, passando pelo encontro de Jesus com Maria, a ajuda de Cireneu e o carinho de Verônica.

A cena da morte é um dos pontos altos do espetáculo pelo uso de efeitos especiais. Jesus é descido da cruz e colocado nos braços de Maria. Logo após, é levado ao sepulcro, quando o público é saudado pelo Grupo Via Sacra e sua banda com um momento de descontração.

Na 15ª e última estação, é encenada a ressurreição. Após a aparição de um anjo, Jesus vem caminhando e é acompanhado por vários efeitos especiais. O final conta com a ascensão de Jesus Cristo, quando o ator é elevado por um sistema a uma altura acima de 5 metros, proporcionando ao público a impressão que Cristo está levitando. Fechando o espetáculo, um show pirotécnico ao som do Aleluia, de Handel.

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