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Doa a quem doer

Delegada tinha 2 milhões em casa. Quem é o chefe?

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Mariana Tokarnia/Via ABr, com Edição e Marta Nobre - Foto Divulgação MP-RJ

A ‘República das Bananas’ parece estar sendo desmatada por quem pensa e deseja um Brasil sério. A provada: prisão da delegada Adriana Belém, um dos alvos da Operação Calígula, deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Foram apreendidos quase R$ 2 milhões na residência da delegada, segundo o MPRJ.

A prisão preventiva foi deferida pela Vara Especializada do Tribunal de Justiça. Em nota, o MPRJ diz que a delegada foi levada para a Corregedoria da Polícia Civil.

A prisão foi obtida pela força-tarefa do GAECO para o caso Marielle e Anderson (GAECO/FTMA). Para os promotores de Justiça, o valor encontrado na residência de Belém é um forte indício de lavagem de dinheiro. Agora resta saber quem é realmente o cabeça por trás de todo o esquema, que soa como uma espécie de rachadinha também no campo das contravenções bicheiras.

A Operação Calígula é, de acordo com o MPRJ, voltada a reprimir as ações da organização criminosa liderada por Rogério Costa de Andrade Silva, conhecido como Rogério de Andrade, e seu filho Gustavo de Andrade, integrada por outras pessoas, incluindo Ronnie Lessa, denunciado como executor do homicídio da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

A operação tem como objetivo o cumprimento de 29 mandados de prisão e 119 de busca e apreensão, incluindo quatro bingos comandados pelo grupo, tendo sido alvos de denúncia um total de 30 pessoas, pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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