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Panetone de tijolo

Afogados no lamaçal de Pandora, ‘elles’ sonham na volta ao Buriti

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Autor/Imagem:
Pretta Abreu - Foto de Arquivo

Todas as desgraças do mundo estão guardadas em um único lugar. É conhecido desde a Grécia Antiga como Caixa de Pandora. A discórdia, a traição, a soberba, a corrupção e as doenças do corpo e da alma são alguns desses males. Fechada a sete chaves, ela costuma ser aberta.

Em Brasília isso aconteceu em 2010, quando o então governador José Roberto Arruda foi cassado e preso. Arrastado pelo mesmo lamaçal, seu vice, o empresário Paulo Octávio, renunciou logo depois. Passados 12 anos, a dupla está de volta. Arruda, pelo PL, legenda que tem o número 22, e P.O. pelo PSD, de número 55. Governador e vice, imaginando que nada será como antes, invertendo o quadro do quartel de Abrantes.

O 22 de Arruda está associado a pessoas ambiciosas; já o 55 de Paulo Octávio  significa quem lida com concreto – literalmente, colando tijolo com tijolo, mas não necessariamente num desenho lógico. A soma dos dois é igual a 77. Segundo cabalistas, o número que leva a um destino errado. Se acontecer de seguirem realmente lado a lado, a filha de Zeus promete cortar seus caminhos. E suas cabeças.

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