Veterinários começam a buscar cura para demência canina

Cães que sofrem de demência podem passar por mudanças significativas em seu comportamento e até causar alguns pequenos problemas aos seus donos. Mas o início da doença aparentemente pode ser retardado ou prevenido, enquanto os medicamentos podem aliviar os sintomas se atingir seu animal de estimação.

O futuro do tratamento é promissor: pesquisadores dos EUA encontraram uma pista para prevenir a disfunção cognitiva canina, também conhecida como “demência canina”.

Como os humanos, alguns pets podem começar a perder suas funções cognitivas, especialmente com a idade, agindo de forma estranha e às vezes aparentemente voltando aos seus hábitos iniciais quando eram apenas filhotes. As descobertas recentes sugerem que até 1,4% dos cães podem sofrer desta condição.

No entanto, depois de coletar informações de saúde e realizar pesquisas com donos de 15 mil cães, os pesquisadores descobriram que os caninos que praticavam exercícios ativos ao longo de suas vidas tinham 6,5 vezes menos probabilidade de desenvolver a doença. Até mesmo simplesmente passear com seu cão aparentemente ajuda a reduzir o risco de demência (neles e em você, sugerem estudos em humanos).

Ainda assim, exercício ou não, o risco de desenvolver demência aumentará em média 50% a cada ano para cães com 10 anos ou mais, sugeriram os cientistas, mas o estilo de vida canino ativo pode reduzir esse número.

Como é a demência canina?
Nos caninos, a “demência” se manifesta em diversas alterações comportamentais ligadas às funções cognitivas. Os cães podem ter problemas para se mover na direção correta, esquecer banhos pela casa ou se assustar com coisas, animais de estimação e pessoas que conhecem há muito tempo e com as quais se acostumaram.

Eles também podem procurar mais ou menos atenção do que o habitual, ficar anormalmente ansiosos e até esquecer rostos que conhecem há muito tempo. Alguns até voltam ao estado mental de um filhote e desaprendem a fazer cocô e xixi em locais previamente definidos.

Apesar da abundância de sinais indicadores, a condição ainda é difícil de diagnosticar. Mais importante, é incurável agora. Seu veterinário, no entanto, pode prescrever medicamentos que retardarão a progressão da demência em seu amado cãozinho e reduzirão os sintomas.