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Hamilton é bicampeão e Massa mostra que vai brigar por vitórias

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Do prodígio campeão de 2008 a um experiente bicampeão em 2014. Seis anos se passaram, mas o arrojado Lewis Hamilton enfim conquistou seu segundo título Mundial de Fórmula 1. Numa temporada com domínio da Mercedes, o GP de Abu Dhabi teve muita emoção, quando parecia fadado a um desfecho frio. Problemas nas Mercedes quase custaram a vitória ao inglês, mas ela veio no finzinho. Hamilton, que podia até chegar em segundo lugar, pulou à frente logo na largada, retomou a liderança a dez voltas no fim, ameaçado por Felipe Massa, segundo colocado, e acelerou no limite do que podia para vencer e levantar a taça com sua 11ª vitória no ano.

O brasileiro Felipe Massa brilhou como não fizera em toda a temporada. Com seu melhor resultado do ano, chegou na segunda colocação, colado ao líder, e ficou muito próximo da sua primeira vitória desde 2008. O piloto da Williams precisou fazer uma segunda parada e deixou o triunfo escapar. Valtteri Bottas, seu companheiro de time, foi o segundo colocado. Rosberg chegou em 14º após os problemas que afetaram a sua Mercedes e a de Hamilton.

A largada definiu o título em favor de Hamilton. Rosberg, o pole position, “engasgou” na embreagem, não conseguiu acelerar no limite e viu o inglês passar. Um banho de água fria enorme para quem dizia que seria o primeiro colocado e torceria por um erro para brigar pela taça. Neste momento, Massa aparecia em terceiro, e nada indicava que os torcedores de Abu Dhabi veriam algo emocionante na pista.

Foi só na metade da prova que Massa pintou como potencial vencedor. Primeiro, Rosberg teve problemas. Se abandonasse, daria automaticamente o título a Hamilton. Mas não chegou a tanto. Depois, foi o inglês que também caiu de produção drasticamente. Massa chegou a liderar. Mas poderia ele ficar sem uma segunda parada?

Não… O brasileiro precisou trocar os pneus mais uma vez, e viu o líder do campeonato retomar a ponta. Massa até ameaçou, mas era tarde para conseguir sua primeira vitória desde 2008 – no Brasil, naquela mesma corrida em que Hamilton conquistou sua primeira taça.

No fim, 11ª vitória para Lewis Hamilton, com Massa colado em seu encalço. Nico Rosberg sequer chegou pelo menos na quinta posição, o mínimo que podia fazer. Foi 14º e ouviu desculpas de um dos engenheiros, via rádio. Título e festa para a Inglaterra nos Emirados Árabes Unidos.

“Uhu! Não posso acreditar! Campeão do mundo! Obrigado caras”, disse Hamilton, via rádio.

Nico Rosberg tinha tudo para fazer uma briga quente com Hamilton pelo título, largando de sua 11ª pole position do ano. Mas, tudo foi abaixo em segundos. O alemão largou muito mal – teve um problema com o ponto da embreagem nas frações de segundo das trocas das primeiras marchas, o que já havia acontecido em outras corridas. Então, viu Hamilton acelerar e tomar a primeira posição com facilidade, e ainda tomou um calor de Felipe Massa, quase perdendo o segundo lugar. Valtteri Bottas foi ainda pior, já que saiu em terceiro e pouco depois rodava apenas em oitavo.

Estava mudado todo o cenário do GP, com Hamilton assumindo as ações e precisando só abrir espaço para garantir o seu título. Era tudo o que ele precisava, tendo um cenário de tranquilidade em um circuito de difícil ultrapassagem.

Hamilton conseguiu construir uma vantagem confortável de 1s6 nas primeiras três voltas, apenas para respirar e não ter de lidar com tentativas de ultrapassagem. Com pneus supermacios, logo viria o primeiro pit stop. Como as paradas começaram muito cedo, favoritos se misturaram ao fim do pelotão, com Fernando Alonso caindo para 18º e tendo de passar Cartehams e outros rivais fracos.

Massa conseguiu apresentar um bom ritmo e até liderou, durante a parada das Mercedes, na 12ª volta. Nem Hamilton, nem Rosberg tiveram problemas, e o brasileiro aproveitou para tentar fazer voltas rápidas e tirar a diferença que tinha para eles. Não foi o suficiente, e as posições ficaram inalteradas quando tudo voltou ao normal.

Como não conseguia brigar por posição, restou a Rosberg mudar a estratégia. Ele então foi avisado de que o melhor era manter uma distância próxima, mas segura de Hamilton. A sua equipe apostou em fazer um trecho mais longo antes da segunda parada e tentar uma ultrapassagem contando com as passagens pelo boxes.

Massa até se manteve no mesmo segundo dos rivais, mas o ritmo caiu, não oferecendo mais perigo, naquele momento.

A mudança de cenário veio com um problema mecânico de Rosberg, no sistema de recuperação de energia, causando perda grave de potência. Na 26ª volta, Rosberg passou a andar muito lento, quase três segundos atrás de Hamilton, e passou a ver Felipe Massa se aproximar. O brasileiro da Williams conseguiu a ultrapassagem na 27ª volta.

“Não é só um problema de potência, parece que algo está freando o carro. Vejam isso e me digam o que fazer”, desesperou-se o alemão, no rádio.

Ninguém poderia imaginar que Hamilton também apresentaria problemas e começaria a rodar bem mais lento que o brasileiro. Massa começou a aproximação, como fizera com Rosberg. Hamilton foi para os boxes e deixou o piloto da Williams no primeiro posto.

Massa curtiu bons momentos rodando rápido, mas a Williams precisou chamar o piloto para uma segunda parada. Com o pneu supermacio, o brasileiro teve chances de rodar mais rápido e atacar o inglês, em busca da vitória. O piloto da Williams até chegou, mas, é aquele papo: “chegar é uma coisa, passar é outra”. E Massa não ultrapassou o campeão mundial de Fórmula 1 de 2014.

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