Pessoas bondosas atestam que é dando que se recebe

Muitas religiões concordam que realizar atos de bondade é bom para o bem-estar espiritual. Além disso, os pesquisadores postularam que esse comportamento também pode ajudar a melhorar a felicidade geral. No ano passado, uma cientista social de nome Meena Andiappan e seus colegas decidiram estudar como as pessoas poderiam melhorar sua sensação de bem-estar e lidar com a ansiedade, que se tornou bastante comum em meio à pandemia global de Covid.

Andiappan, professora assistente de Administração e Organizações da Universidade de Toronto, que estuda “a interseção entre comportamento ético e bem-estar”, explicou em um artigo publicado no The Conversation que sua equipe procurou “investigar melhor a melhor maneira de aumentar felicidade e saúde mental.”

Para atingir esse objetivo, a equipe comparou pessoas que gastam seus recursos (seja dinheiro ou tempo) “na própria felicidade” com pessoas que optam por tratar os outros, realizando atos de bondade que vão desde abrir uma porta para alguém doação de bens para instituições de caridade.

“O que descobrimos foi surpreendente: para pessoas que não adotavam consistentemente um comportamento fora de sua rotina normal, atos gentis não tinham efeito em seu bem-estar”, escreveu Andiappan. “No entanto, para aqueles que se envolveram totalmente no estudo, encenando consistentemente um comportamento fora de sua rotina normal, atos de bondade tiveram maiores impulsos para seu bem-estar e saúde mental em comparação com aqueles que se trataram”.

Ela observou que, para aqueles que “se envolveram totalmente em seus atos gentis”, esses atos foram associados a “reduções na ansiedade e na depressão”. Ao mesmo tempo, a equipe também observou que realizar repetidamente um determinado ato de bondade não parece ser tão benéfico quanto variar a rotina nesse sentido.

Andiappan e seus colegas sugeriram que “mudar os atos gentis que você faz é importante”, e que receber feedback positivo parece aumentar a felicidade sobre o ato de bondade realizado. A equipe atualmente conduz um estudo de acompanhamento em uma tentativa de descobrir se “todos os atos gentis em que as pessoas podem se envolver são preditores iguais de felicidade” ou se certos atos de bondade podem ser “mais úteis para aumentar sentimentos positivos”.