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São Paulo

Cobra Grande mostra luta de índios contra brancos

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Bartô Granja, Edição - Foto Daniel Guimarães

Cobra Grande, obra do artista Frederico Filippi, ganhou vida neste fim de semana no Jardim das Esculturas do Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, no Parque Ibirapuera. A iniciativa faz parte das comemorações de 30 anos do espaço no museu, que serão completados em 2023.

A nova obra, no Jardim de Esculturas, trata da derrubada das matas: tem o formato de uma grande corrente, dispositivo utilizado como técnica de desflorestamento ostensivo. Cobra Grande é uma réplica em tamanho real dessa corrente, que se liga a dois tratores em suas extremidades, destruindo a vegetação de maneira rápida e brusca.

“O trabalho de Frederico Filippi, a partir do barro, matéria retirada da terra e que para ela voltará, nos permite refletir sobre as técnicas perversas de desmatamento atualmente praticadas. No momento crítico em que o planeta Terra se encontra, na perspectiva da crise ambiental, a obra contribui para chamar a atenção para uma questão urgente e fundamental”, destaca o curador-chefe do MAM São Paulo, Cauê Alves.

Paralelamente à inauguração de Cobra Grande, guerreiros do povo Guarani Mbya, da Terra Indígena Jaraguá, na zona oeste da capital paulista, realizaram, na marquise do MAM, o ritual Xondaro, um treinamento que os antigos indígenas faziam para aprimorar os reflexos e a resistência, uma dança para aprender a lutar e uma preparação para a guerra, a fim de proteger o povo Guarani dos ataques dos juruá (homem branco).

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