Exército muda comando e Ibaneis tenta acabar baderna

Ibaneis Rocha (MDB), parece estar disposto a contribuir para que a paz reine nas ruas do Distrito Federal nas vésperas da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta terça, 27, o governador abre as portas do Palácio do Buriti para receber os futuros ministros da Justiça Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio. Os dois estarão acompanhados do general Júlio Cesar de Arruda, que assumirá o comando do Exército na sexta-feira, 48 horas antes da festa da volta de Lula ao Planalto. Na Pauta da reunião apenas um item: acabar com o acampamento dos bolsonaristas golpistas na área externa do QG do Exército.

O general  Júlio César foi indicado por Lula para assumir o comando do Exército. Escolhido a dedo, respeitado na tropa, ele é tido como fiel escudeiro do próximo presidente no seio das Forças Armadas. A transição já foi definida entre o atual comandante Marco Antônio Freire Gomes, que nada fez para acabar com os baderneiros, e seu sucessor.

Em Brasília cresce a expectativa de que, com a chegada do general Júlio César, seja demarcada uma linha vermelha que faz lembrar o Rubicão. Os golpistas saem das imediações do QG do Exército e tomam o rumo das sua casas. Qualquer tentativa de manifestação será reprimida com a força necessária. Para tanto estarão nas imediações, no dia da operação que deve acontecer ainda na sexta-feira, 30, a PE, a Força Nacional e a polícia militar brasiliense, caso baneis ceda aos pedidos da equipe de transição.

Na noite de segunda, 26, Flávio Dino foi duro: ‘Acabou a fase do terrorismo, dos golpistas e dos manifestantes que pregam a baderna”, disse o futuro ministro em entrevista.