Busca e apreensão
MP vê digitais de Ibaneis nos atos golpistas em Brasília
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emA Procuradoria-Geral da República já desconfia que as digitais de Ibaneis Rocha (MDB), governador afastado do Distrito Federal, estejam por trás dos preparativos para os atos golpistas que provocaram verdadeiro terremoto político em Brasília, que foi tomada de assalto no domingo, 8, por partidários do ex-presidente Jair Bolsonaro, que fugiu para os Estados Unidos dois dias antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. .
Essa interpretação foi feita por agentes da área de Segurança Pública, momentos após uma equipe da Polícia Federal deflagrar no início da tarde desta sexta-feira, 20, uma operação com cinco mandados de busca e apreensão contra Ibaneis Rocha e o ex-secretário executivo da Segurança Pública Fernando de Souza Oliveira.
Os dois são investigados no inquérito do Ministério Público Federal que apura a conduta de autoridades que teriam se omitido durante a invasão das sedes dos 3 Poderes. Os federais estiveram nas residências e escritórios dos dois suspeitos, e também no Palácio do Buriti, sede do governo brasiliense, de onde recolheram documentos, celulares, câmeras de segurança e notebooks.
A área de segurança pública de Brasília vive sob intervenção federal decretada por Lula desde o dia 8. O álibi de Ibaneis é o de que o comando do Exército impediu a remoção do acampamento dos radicais golpistas, instalado sob a circunscrição do Exército. A ordem de busca e apreensão foi determinada pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos. Ele coordena o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, e foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O objetivo é recolher evidências que ajudem a esclarecer por que essas autoridades deixaram de tomar providências efetivas para evitar as ações de terrorismo que vandalizaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto. Cerca de 1 mil 700 pessoas foram presas.