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Cerco aos golpistas

CPI troca pizza por Chico que dá com pau e vai tocar o barco

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Pretta Abreu - Foto Carlos Gandra

O deputado distrital Chico Vigilante (PT) presidirá a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal que vai investigar dos atos golpistas dos dias 12 de dezembro do ano passado e 8 de janeiro último, que abalaram a capital da República. A deputada Jaqueline Silva (sem partido) ficou com a vice-presidência e o deputado Hermeto (MDB) será o relator.

Os nomes foram escolhidos por unanimidade pelos sete membros titulares da CPI, após uma reunião a portas fechadas. Com cinco deputados governistas e dois oposicionistas, a CPI promete apagar a imagem de ‘vai acabar em pizza’, propagada nos últimos dias. As investigações duração até 180 dias, mas o prazo pode ser dilatado por mais três meses, em caso  de necessidade.

O desfecho do comando da Comissão – com um distrital da oposição na presidência e o antigo líder do governo na Casa como relator – acomodou os interesses de ambos grupos, e foi considerado pelo presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz (MDB), como um sinal de “maturidade” do Legislativo local. “Essas disputas têm resultado em união e coesão, mostrando que o diálogo prevalece”, avaliou.

“Passamos por momentos tensos e de muito debate para a definição dessa composição. Sou o presidente formal, mas quero contar com todos para os trabalhos. Vamos investigar tudo que pudermos, dentro da legalidade”, disse Vigilante após a eleição. De acordo com ele, o colegiado irá buscar os melhores delegados da Polícia Civil, além de técnicos da Casa, para atuarem nas investigações.

“A CPI tem de mostrar os responsáveis por aqueles atos criminosos, quem financiou, por que financiou e o que queriam naquelas datas. Quero deixar claro para quem fala que CPI sempre dá em pizza: essa não terminará assim. Não somos pizzaiolos!”, garantiu o presidente do colegiado.

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