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'Só nós?!'

Celina joga bomba do dia 8 no colo de Lula e acende o pavio

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Autor/Imagem:
Pretta Abreu - Foto Reprodução/Agência Distrital

Governadora-tampão do Distrito Federal, ao menos até o incerto retorno do titular Ibaneis Rocha (MDB) afastado do cargo por ordem do ministro Alexandre de Moraes, Celina Leão (PP) não aceita que toda a culpa pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro recaia sobre o Palácio do Buriti. O que aconteceu na Praça dos Três Poderes, se culpados existem, estão também no Palácio do Planalto (local de trabalho do presidente Lula) e arredores.

Essa, ao menos, é a interpretação de analistas políticos à surpreendente entrevista que Celina deu à Folha de S.Paulo, publicada nesta quinta, 9, e reproduzida pelo Diário do Centro do Mundo, um site com linha editorial mais à esquerda. Ela – afirma o DCM – praticamente culpa o governo Lula pela ação de terroristas bolsonaristas – corrente da qual ela faz parte, a ponto de viajar durante a campanha eleitoral por grandes capitais, ao lado de Michelle Bolsonaro, pedindo votos para o ex-presidente fujão.

Notibras, que não tem por hábito entrar em polêmicas alheias, principalmente por entender, no caso específico, que é irresponsabilidade alguém colocar a bomba do dia 8 no colo de Lula e acender o pavio, permite-se apenas reproduzir trechos da entrevista, transcritos diretamente do DCM.

No lead da matéria, o Diário do Centro do Mundo é categórico: Celina Leão, na entrevista à Folha, “culpou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos atos terroristas do dia 8 de janeiro, em Brasília. Para Celina, erros aconteceram nas áreas de segurança e inteligência. Ela também saiu em defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro

Veja o que foi perguntado e o que foi respondido:

(…) A sra. acha que a responsabilidade pelos atos golpistas acabou recaindo mais sobre o GDF do que sobre o governo federal?

Com certeza. Todo o ônus veio para nós. [Mas] Você tem falhas no GSI do palácio. Você tem falhas em vários locais. Falhas da própria inteligência de outros Poderes, entendeu? Então não aconteceu só conosco, aconteceu de forma generalizada. Mas quem foi mais penalizado com certeza foi o Governo do DF, mas as falhas foram várias.

O Palácio do Planalto dispensou todo mundo. As portas [foram] abertas. Isso não é responsabilidade da Polícia Militar. Mesmo com todo o vandalismo e a quebradeira que aconteceu, foi a Polícia Militar que restituiu os Poderes. Eu fiquei com 51 homens feridos. Não foi o Exército que restituiu. Foi a Polícia Militar do DF, com toda a dificuldade, com todo o apagão que aconteceu na segurança pública. Essa tentativa de quebrar patrimônio, não vai quebrar as instituições. Elas estão de pé. (…)

O ex-secretário de Segurança Anderson Torres foi preso. Qual sua avaliação sobre a atuação dele e sobre a prisão?

O secretário trocou toda a equipe da Secretaria de Segurança. Eu não sei se realmente essas pessoas estavam habilitadas, se foi intencional ou se não foi, se foi uma sequência de coincidências. Eu acho que o próprio Supremo vai esclarecer isso.

Havia um risco quando Torres voltou para o Governo do DF?

Havia ali um mal-estar político, mas não um mal-estar no sentido de violência, o que foi que aconteceu. (…) Mas eu acredito que ele [Ibaneis] não acreditava que pudesse acontecer isso. O Anderson foi um bom secretário, fez boas ações aqui no governo, depois é que ele virou ministro. Então, quando ele pediu para retornar, o governador Ibaneis tomou a decisão. (…).

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