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Assassinato na 415 (*VII)

Mandante do crime mistura chocolate com sangue

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Autor/Imagem:
Eduardo Martínez - Foto Reprodução

Para surpresa de Pedro e Gustavo, a Hilux e o Golf eram de propriedade de um empresário conhecido de todos, pois também era um político famoso por ser o bastião da moralidade. Ele era proprietário de uma franquia da famosa rede de chocolates, a Estocolmo. Seu nome? Justus Dourado Flecha, deputado distrital.

Uma coisa que chamou a atenção dos policiais foi o enorme faturamento da loja de Dourado Flecha, muito acima das demais franquias do país. Além disso, mais de 90% das vendas era em dinheiro vivo. Pela enorme experiência de Pedro e Gustavo, não restava dúvida de que aquilo não era apenas fumaça de lavagem de dinheiro. Era flagrante caso de incêndio em toda a capital do país.

Diante de tais provas, Pedro e Gustavo precisavam prosseguir as investigações feitas por Marcelo. E foi o que decidiram fazer naquele mesmo dia. Estavam decididos a levar aquilo às últimas consequências, mesmo que
fosse preciso enfrentar o poderoso Dourado Flecha. Eles tinham a obrigação de fazê-lo, mesmo porque Marcelo havia sido incriminado por algo que não tinha feito. Disso, agora mais do que nunca, eles tinham certeza.

Naquela mesma noite, os dois agentes se deslocaram até a esquina da residência de Dourado Flecha, bem ali no caríssimo Lago Sul. Apagaram os faróis antes de estacionaram a viatura descaracterizada, Ficaram observando o
entra e sai de várias pessoas. Acabaram adormecendo.

Já era de manhã quando Pedro e Gustavo foram despertados por um policial militar batendo no vidro do carro. Pedro abaixa o vidro e vê uma arma apontada para a sua cabeça. Antes que pudesse falar alguma coisa, o policial
militar, que estava acompanhado de mais três, manda que eles desçam do veículo e se deitem no chão.

Pedro e Gustavo obedecem, ao mesmo tempo em que dizem que são da casa, um código para demonstrar que também são policiais. O policial militar tira as carteiras dos bolsos dos dois e, então, percebe que não haviam mentido. Nisso, um homem enorme surge no portão da luxuosa mansão de Dourado Flecha. Pedro e Gustavo o encaram e, em seguida, se entreolham. PC, afinal, não havia mentido.

Sexta, dia 17, tem o capítulo VIII

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