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Ocidente contra a parede

China e Rússia querem comandar nova ordem mundial

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Antônio Albuquerque, Edição - Foto Reprodução

O presidente chinês, Xi Jinping, inicia nesta terça, 21, uma segunda rodada de conversas com seu colega russo Vladimir Putin. Xi desembarcou em Moscou na véspera e já manteve uma prolongada reunião com Putin, que se estendeu por cerca de 4h30. Na pauta estão acordos bilaterais e dois temas que interessam diretamente a russos e chineses: a invasão da Ucrânia pela Rússia, e as motivações de Taiwan, patrocinadas pelos Estados Unidos, para se tornar uma ilha independente.

Os dois têm um ponto em comum: as regiões já ocupadas pela Rússia no território ucraniano (Donbass e Criméia) já são consideradas partes do território russo. Sobre Taiwan, Pequim, na visão de Moscou, tem todo o direito de administrar a ilha insurgente. Rússia e China têm um tratado de não agressão e defesa mútua. E querem mostrar que o momento é o de uma nova ordem  mundial.

A terça-feira promete novidades. Será o segundo dia de negociações entre os dois presidentes. Xi garante que sua viagem ao Kremlin é para trabalhar em novos planos para cultivar laços bilaterais. Putin e seu hóspede temporário trocaram amabilidades. O presidente russo destacou o sucesso da economia chinesa, enquanto Xi elogiou a liderança de Putin e expressou certeza de que o povo russo continuará a apoiá-lo.

Ge Zhili, representante da Diplomacia Popular da China, que compõe a comitiva, disse que as relações calorosas entre Moscou e Pequim são cruciais para uma ordem mundial justa e estável. “Hoje, muitos países ignoram as normas da ONU e tratam outros países de uma posição de força, trazendo o caos à ordem mundial, não visto em décadas. A cooperação estratégica russo-chinesa desempenha um papel importante na estabilização e combate a esta desordem.”

Segundo o dip0lomata. as relações entre a Rússia e a China não têm limites, e isso “é resultado da liderança sábia dos dois chefes de estado – o presidente Xi e o presidente Putin”.

No primeiro dia de reuniões, Xi Jinping confirmou a Vladimir Putin, que Pequim está pronta para continuar desempenhando um papel construtivo na promoção de uma solução política para o conflito na Ucrânia, respeitadas as atuais condições territoriais.

Durante as conversas com Putin, Xi também observou que “vozes pela paz e racionalidade estão se formando” em todo o mundo. “Muitos países apoiam o alívio das tensões, facilitando as negociações de paz e são contra a escalada da situação” de quem anda “colocando lenha na fogueira”, numa referência explícita aos Estados Unidos e União Europeia.

“Uma revisão da história mostra que os conflitos, no final, devem ser resolvidos por meio do diálogo e da negociação. A China divulgou um documento sobre sua posição sobre a crise na Ucrânia, defendendo a solução política da crise e rejeitando a mentalidade da Guerra Fria e as sanções unilaterais”, afirmou Xi.

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