Nunca mais
Supremo apaga manchas no prédio depredado por golpistas
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emA presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, anunciou nesta quarta-feira (12) que a reforma do edifício-sede da Corte será finalizada na próxima terça-feira (18). O local foi alvo de depredação durante os atos golpistas de 8 de janeiro.
O anúncio foi feito pela ministra durante a abertura da sessão desta tarde. A data foi escolhida para relembrar os 100 dias da invasão e coincide com o início do julgamento das 100 primeiras denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os acusados de participar dos atos.
Ao comentar os estragos causados pelos golpistas, Rosa Weber disse que a depredação teve efeito contrário e ajudou a fortalecer a democracia.
“Essa data, o dia da infâmia, 8 de janeiro, sem similar na história desta Corte, há de ser relembrada sempre para que nunca mais se repita. O vilipêndio das instalações físicas deste tribunal, longe do pretendido aviltamento da instituição, produziu efeito inverso, pois fortaleceu a comunhão nacional em torno do princípio nuclear que consagra entre nós a ideia democrática”, afirmou.
A presidente relatou que será finalizada na próxima semana a reforma do segundo andar da sede, onde estão localizadas a diretoria-geral e a assessoria de comunicação. As seções foram as mais atingidas durante os atos.
Em março, a reforma do terceiro andar, que comporta as salas da presidência da Corte, foi entregue. Devido aos estragos causados em obras de arte e lustres, o salão-nobre, que faz parte do segundo andar e é utilizado para recepção de autoridades, permanecerá sendo reparado por restauradores do próprio Supremo e de universidades federais. O plenário, que fica no térreo, está em funcionamento desde 1º de fevereiro.
Denúncias
O Supremo marcou para a próxima semana o julgamento de 100 pessoas denunciadas pelo envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro.
O julgamento será realizado no plenário virtual da Corte entre terça-feira (18) e segunda-feira (24). Na modalidade virtual, os ministros depositam os votos de forma eletrônica e não há deliberação presencial.
Os casos que serão julgados dizem respeito aos primeiros acusados que foram denunciados pela PGR em janeiro e fevereiro por participarem da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.