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Rio, Sampa e Brasília

Tirem Borba, levem Senna e deixem Candangos

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Autor/Imagem:
Eduardo Martínez - Foto Reprodução

Se tem uma coisa que me incomoda muito em Copacabana é a estátua do Ayrton Senna. Gente, o que esse trambolho tem a ver com Copa? Aliás, o que tem a ver com o Rio de Janeiro? E que não me venham falar que ele é um símbolo do orgulho do esporte brasileiro. Balela!

Em primeiro lugar, tenho cá as minhas dúvidas se corrida de carro é esporte. Isso não passa de um amontoado de almofadinhas que tenta descobrir quem é que consegue pisar mais fundo no acelerador de um veículo extremamente caro para qualquer bolso que eu e, provavelmente, você conhecemos.

Um mais rico que o outro! Tanto é que, quando deram uma chance a alguém de classe não abastada, descobriu-se o maior vencedor de tal atividade. Preciso falar quem é? Tá bom, o nome dele é Lewis Hamilton. Todavia, uma estátua desse dito fenômeno das pistas também não cairia bem no calçadão mais famoso do mundo.

Tirem essa coisa vexatória de Copacabana! Se querem homenagear alguém, não faltam ícones relacionados à Cidade Maravilhosa: Dona Ivone Lara, Nise da Silveira, Cartola, Vinícius de Moraes. O Rio não precisa do Ayrton Senna! Aliás, querer ligar esse cara ao Rio é pior que aqueles casamentos arranjados, tão típicos nos tempos dos nossos tataravós.

Até tenho uma sugestão. Doem esse monumento para São Paulo, que poderá colocá-lo no lugar da estátua do Borba Gato. Vai fazer muito mais sucesso, ainda mais porque o Senna até ganhou o meu respeito nos últimos tempos, já que é o contraponto daquele outro, que arrumou emprego de motorista do Bozo, o palhaço, além de esconder coisinhas surrupiadas de um certo palácio, que não é o de Buckingham. Só não mexam com os Dois Candangos!

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