A palmeirense
Aula de como estragar o dia de um corintiano
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emAqueles que me conhecem sabem que sou casado com a Dona Irene, que é a mais fanática torcedora do Palmeiras. No entanto, apesar dela ser uma palmeirense muito chata, ela consegue admirar pessoas em várias áreas, independentemente das paixões clubistas. Um desses casos é o Casagrande, famoso por ter feito muito sucesso em vários times, especialmente no Corinthians.
Pois bem, lá estávamos a minha amada e eu, no aeroporto de Congonhas, aguardando o nosso voo para o Santos Dumont, quando ela avista o Casagrande. Aliás, o cara faz jus ao nome, pois é realmente enorme, beirando 1,90m ou mais. A Dona Irene ficou com muita vontade de bater uma foto ao lado do antigo jogador, mas eu falei para ela não fazer isso, pois havia uma outra mulher, bem ali perto, que estava trocando olhares e sorrisos com ele. Isso como se a Dona Irene prestasse atenção nas coisas que falo.
Como já era esperado, a minha mulher não quis nem saber se estava rolando um flerte ou namorico entre os dois pombinhos. Ela simplesmente chegou no Casagrande e perguntou se podia tirar uma foto com ele. Obviamente, muito educado que o Casão é, disse que sim. Isso fez com que a então quase namorada dele se levantasse e fosse embora, não sem antes lançar um olhar de “Você vai se ver comigo, sua vaca!” para a minha esposa.
A Dona Irene sentou-se ao lado do Casagrande e os dois trocaram algumas palavras:
– Eu sou palmeirense!
– Percebi!, disse ele, apontando para o casaco da minha mulher.
Tirei a tal foto dos dois e, então, a minha mulher despediu-se do Casagrande, que abriu aquele sorriso tímido que todos conhecemos. Assim que nos afastamos um pouco, falei para a minha esposa que ela havia estragado o romance entre o Casagrande e aquela mulher.
Pra quê? A Dona Irene olhou para mim com aquele olhar tão dela e disse: “Ah, eu gosto do Casagrande! Mas quem mandou ele torcer pro Corínhians?”