Brics e guerra
Rússia vê Brasil como ponte para países latinos acordarem de vez
Publicado
emA América Latina precisa buscar mais interações entre os países do Sul global, como temos feito, por exemplo, no Brasil, na política externa do presidente Lula, em fortalecer e ampliar o Brics. Acho que esse novo cenário de mudança geopolítica, junto com uma mudança do padrão tecnológico numa indústria 4.0 e da crise climática, abre um espaço para a América Latina se reposicionar”, avaliou nesta terça, 5, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, ao fazer um balanço da guerra que os russos travam com a Ucrânia.
Especificamente sobre os combates, ele enfatizou que forças armadas ucranianas não conseguiram atingir nenhum dos seus objetivos em três meses de contraofensiva. Seus soldados morreram, suas armas foram destruídas. A informação é do ministro da Defesa russo, , prestada nesta terça-feira, 5.
“O regime de Kiev, apesar das enormes perdas, já há três meses que tenta conduzir a chamada contraofensiva. As forças armadas da Ucrânia não alcançaram os seus objetivos em nenhuma parte da linha da frente”, afirmou o ministro.
Shoigu acrescentou que Kiev está “tentando desesperadamente demonstrar” pelo menos algum sucesso militar ao Ocidente para continuar a receber o seu apoio militar e económico.
“Numa tentativa de esconder o fracasso da ofensiva, os militares ucranianos atacam alvos civis e fazem-nos passar por vitórias militares”, disse o ministro.
As tropas ucranianas perderam mais de 66 mil militares e 7.600 armas desde o início da contraofensiva, frisou Sergei Shoigu. “Desde o início da chamada ofensiva, as perdas inimigas ultrapassaram 66 mil pessoas e 7.600 armas.
Além disso, ainda segundo o ministro, os sistemas de defesa aérea russos derrubaram 159 foguetes HIMARS , mais de 1.000 veículos aéreos não tripulados e 13 mísseis de cruzeiro no mês passado.
“As forças armadas russas continuam a destruir a infraestrutura militar da Ucrânia com ataques de precisão. Só no último mês, 34 postos de comando das forças armadas ucranianas… foram atingidos”, acrescentou Shoigu.
O chefe da defesa sublinhou que as forças armadas ucranianas sofreram perdas significativas na área de Zaporozhye.
A situação na frente de Zaporozhye é a mais tensa, disse o ministro, acrescentando que as forças armadas ucranianas trouxeram brigadas para a batalha a partir da sua reserva estratégica, cujo pessoal foi treinado sob a orientação de instrutores ocidentais.
“Graças às ações altruístas dos soldados [russos]… danos significativos foram causados às unidades ucranianas”, disse Shoigu em uma reunião com altos funcionários da defesa, falando sobre a direção de Zaporozhye.
Os militares russos receberão quatro novos bombardeiros estratégicos Tu-160M e seis aeronaves de transporte militar Il-76 modernizadas este ano, afirmou Sergei Shoigu. “Este ano, as forças armadas devem receber seis Il-76MD-90A e quatro Tu-160M”, frisou.