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Matemática furada

Dedo podre do mito é garantia de lambança generalizada

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Autor/Imagem:
Wenceslau Araújo - Foto de Arquivo/Valter Campanato - ABr

Associada aos logaritmos da vida, a matemática de Pitágoras já provou que dois e dois são quatro, que 9 vezes 9 são 81 e que a raiz quadrada de 9 é igual a 3. Como ciência exata, não há o que questionar quanto aos resultados. O número 13, por exemplo, que nada tem de cabalístico, foi o vitorioso nas eleições presidenciais do ano passado. Ganhou fácil do 17 que virou 22, mas caiu definitivamente no 8 de janeiro, cuja consequência maior são os oito anos sem direitos políticos. Caiu feio, mas deixou a rabuda nas mãos dos embasbacados patriotas que acabaram presos após aceitarem a oferta do capetão zero zero para derrubar a República. Não derrubaram e ficarão recolhidos à masmorra erótica da prisão entre 14 e 17 anos.

Enquanto isso, o 22 fujão, que não aceitou a derrota (e nem a aceita) mostra ao Brasil e ao mundo que sua ciência pessoal é idêntica à do cavalo considerado barbada que perde para o azarão logo no fim da primeira curva. Ainda bem que a matemática dele lembra uma ópera bufa. Não gosto da matéria, mas minha lembrança sobre a criação de Pitágoras é apenas para justificar que, durante dois pares de anos, o Brasil retrocedeu décadas, perdeu volumes incalculáveis de investimentos externos, desmatou milhares de hectares da Amazônia, contribuiu para a morte de centenas de indígenas e enterrou mais de 700 mil brasileiros vítimas de uma gripezinha besta chamada Covid 19, entre outros numerais de mazelas.

Nada fora da normalidade para um homem público que passou 28 anos na Câmara dos Deputados e não aprovou um único projeto de interesse do povo brasileiro. Em sua conta negativa há de se debitar a tragédia que foi seu governo de 1.460 dias de dedicação exclusiva às causas pessoais e da família. Portanto, não à toa inclui a temática na narrativa de hoje. Em verdade, a história da matemática e dos números é só a enrolação para que pudesse pensar e chegar na lei da gravidade de Newton, que tem como definição universal a grandeza responsável por definir o peso de um corpo.

A começar pelos dedos podres e pelas mãos absurdamente desgovernadas, a massa corporal do ex-protagonista invertido é um colosso. Poderia dizer (mas guardarei para que o digam) que tem tudo a ver com um coração apinhado de imbecilidades que a estupidez dos seguidores desconhece. É claro que o Brasil pós-mito não é a maravilha que imaginamos. Pelo menos publicamente, faz tempo o 13 deixou de ser 51. No entanto, apesar de seus 60.3 milhões de votos, quem tem dado as cartas no governo é o 11 do PP de Arthur Lira (AL), o mesmo que se utiliza da sede financeira do Centrão para se achar o dono do mundo.

Até que o presidente Lula decida tirar o jabuti da sala, o governo será um tabuleiro meio barro, meio tijolo. Detalhes que podem ser resolvidos com o velho e bom pau na mesa. Talvez seja uma questão de tempo. Importante nesse momento da vida política nacional são os dedos podres do cadáver insepulto há dez meses e doze dias. Nesse período de pouco mais de 300 dias, para onde o mito frango com farofa apontou deu ruim. Onde seu dedo podre vira lambança nacional e mundial. Sem tirar e nem por, lembra aquela propaganda antiga de pomada para calos: “Endurece, seca, apodrece e cai”. A última cartada contra os fatos foi a reunião “informal” com o embaixador de Israel no Brasil, .

Só para apoquentar Luiz Inácio, a ideia era estimular Netanyahu a empurrar com a barriga a liberação dos 34 brasileiros retidos na Faixa de Gaza. Bastou a mão azeda encostar no tacho da discórdia para que tudo começasse a dar certo e Benjamin, o Bibi do Oriente, dar a ordem para liberar os brazucas. Nota dez para Lula e zero para o sargento Pincel, também conhecido por carta fora do baralho. Voltando aos números, resta saber o que está se passando na cabeça do xerife Alexandre de Moraes, o caçador de terroristas. Considerando os 17 anos consignados à maioria dos estagiários do Hamas bozoniano, provavelmente Xandão duplicará (ou triplicará) a pena do líder da trupe do mal. Se isso ocorrer, Bibi, Donald Trump e Bozo só voltarão a se encontrar no ano 171 DC.

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