Má educação bolsonarista
Patriotas temem que sucesso de Lula leve Jair para o buraco
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emEducação é aquilo que a maior parte das pessoas recebe. Com o passar do tempo, muitos a transmitem e poucos a mantém. É a mais referência mais cristalina dos viúvos do bolsonarismo, notadamente os parlamentares vinculados a partidos que permanecem manchados pelo golpismo de 8 de janeiro. São os fracos que, na ausência de discursos, projetos e propostas, usam da má educação para parecerem fortes. Interessante é que os deputados e senadores que não deixam de lustrar diariamente os ovos encaramujados de Jair Messias não negam a importância da educação para a formação de uma sociedade próspera. No entanto, são os primeiros a mostrar ao Brasil e ao mundo a existência de um bem e de um mal: o saber e a ignorância.
Natural e sistematicamente, eles optam pela segunda opção. Na verdade, muito mais do que má educação, o que realmente marca a trajetória dos seguidores do mito é a inveja, que, em termos prático, é a amargura de quem sofre por causa da felicidade alheia. Como diz o pensador, o invejoso não quer ter o que você tem. Ele quer que você não tenha. É assim que agem os congressistas do PL e das demais legendas amarradas pelo bolsonarismo e, por isso, voluntariamente cegas para as coisas boas produzidas por aquele que não aceitam como vencedor. Além de pobres de espírito, são seres animalescos e incapazes de viver suas próprias vidas. Não dizem, mas têm pavor de que o triunfo de Lula seja o fracasso definitivo de Bolsonaro e sua turma.
As últimas vitórias de Luiz Inácio na Câmara, no Senado e no Congresso agradaram sobremaneira a maioria do povo brasileiro, mas incomodaram desgraçadamente os coiotes de Bolsonaro, a ponto deles publicamente quase chegaram às vias de fato contra seus corpos: vi nos plenários das três casas parlamentares deputados e senadores quase rasgando o toba de uma só tacada de inveja, desprezo e nojo por Lula ter conseguido aprovar, depois de três décadas, a reforma tributária e ainda “ganhar” um inesperado presente que foi a chamada MP das Subvenções, que deverá render aos cofres da União cerca de R$ 35 bilhões.
A exemplo dos fariseus, que se julgam superiores, os “patriotas” entoam diuturnamente o mantra “Lula ladrão”, mas se mutilam no recesso do lar ao se darem conta de que Luiz Inácio deu certo e que seu governo está dando conta do recado Aliás, ladrão por ladrão, Lula está solto, foi liberado pelo Supremo Tribunal Federal, eleito por maioria de votos, não se apossou de joias da União e está prestes a assistir de camarote o recolhimento daquele que se diz santo. É a lei de causa e efeito. A maldição de Donald Trump não falha. Quem se aproxima tem os dias contados. Olavo de Carvalho, Jair Messias, Romeu Zema, Deltan Dallagnol, Sérgio Moro e Javier Milei que o digam.
Pela reação diária dos sonolentos e paquidérmicos bolsonaristas, está claro que o sucesso do presidente Lula despertou tanto o lado negativo quanto a inveja dos abutres ora sem carniça. São pessoas do tipo que odeiam sem conhecer e invejam sem admitir. Para o bem do país, Luiz Inácio aprendeu rapidamente a lidar com os lobos em pele de cordeiro. Pior para eles. Mais uma vez recorro ao ditado criado por Ibrahim Sued e que ainda serve para ilustrar bem o farisaísmo dos bobalhões: enquanto os cães ladram, a caravana passa. E parte rápido rumo aos braços do povo brasileiro.
Nessa quarta-feira (20), no plenário do Congresso, o presidente da República foi saudado pela malta do PL e afins de “cachaceiro” e “ladrão”. Nada de anormal para a turma grosseira e incivilizada que faz da imbecilidade um peculiar modo de vida. Salutar é perceber que Lula da Silva está a dois passos do paraíso. Quanto ao mito…O ministro Alexandre de Moraes está cuidando (e muito bem) de seu futuro cubicular. Sobre os deputados e senadores que idolatram o mito da farofada com frango, prefiro me limitar a uma tese do filósofo alemão Immanuel Kant, o rei do iluminismo: “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”. Em síntese, não se educaram quando crianças, que sejam punidos como adultos opressores, inoperantes, fracos e invejosos.