Carlinhos Cachoeira vai responder por duas novas denúncias; evasão de divisas
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emO Ministério Público Federal em Goiás (MPF) ofereceu mais duas denúncias contra o bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e outras pessoas que seriam seus cúmplices no esquema criminoso desmantelado em fevereiro de 2012 na Operação Monte Carlo.
Em uma delas, Cachoeira, Geovani Pereira da Silva, responsável pelo controle e administração financeira do grupo do contraventor, e de Gleyb Ferreira da Cruz, auxiliar de Cachoeira na administração dos bens e negócios da organização, são acusados de crime de evasão de divisas.
Segundo a investigação, eles promoveram a saída de moeda para o exterior sem autorização legal e com sonegação de informação que deveriam prestar. A pena prevista é a de reclusão de dois a seis anos e multa, que pode ser aumentada de um sexto a dois terços por se tratar de crime continuado.
O mecanismo de “dólar-cabo” permite que os recursos sejam transferidos sem o conhecimento das autoridades brasileiras, sem o recolhimento de impostos ou taxas e, principalmente, ocultando a origem do dinheiro envolvido na transação.
A denúncia também acusa o então delegado da Polícia Federal (PF) Fernando Antônio Hereda Byron Filho de prevaricação. Além disso, ele também responderá por violação de sigilo funcional, crime pelo qual também é acusado Carlinhos Cachoeira.
Em caso de condenação, as penas previstas são de detenção de três meses a um ano e multa, para o crime de prevaricação, e de detenção de seis meses a dois anos ou multa, para violação de sigilo funcional.
Agora já são cinco as denúncias contra os membros do grupo do bicheiro ajuizadas pelo Ministério Público Federal em Goiás. A primeira ocorreu 19 dias depois da operação Monte Carlo, em março de 2012. Ao todo, 80 pessoas foram acusadas. O processo foi desmembrado e no fim do mesmo ano foi proferida a sentença contra os sete integrantes da cúpula da quadrilha. As maiores penas aplicadas foram contra Carlinhos Cachoeira (39 anos e 8 meses), Lenine Araújo (24 anos e 4 meses), José Olímpio Queiroga (23 anos e 4 meses) e Idalberto Araújo, o Dadá (19 anos e 3 meses).
Em 14 de novembro de 2012, a segunda acusação foi apresentada pelo MPF/GO contra 16 pessoas, com foco no crime de depósito e exploração comercial de máquinas caça-níqueis compostas por equipamentos eletrônicos sabidamente contrabandeados. A terceira denúncia acusou quatro pessoas por lavagem de dinheiro, entre elas José Olímpio Queiroga, membro operacional do grupo criminoso organizado.