Revelações de Felippe e Gabriel invadem Brasil como Eduardo e Mônica
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emSe algum observador musical tivesse que escolher um deus grego para habitar Brasília, provavelmente este seria Apolo, filho de Zeus, o eleito. Multifacetado, entre seus predicados encontramos a arte de tocar lira, como é representado em várias obras, uma divindade musical.
Mais: Apolo poderia ser o retrato universal de vários cantores, compositores e bandas que o Distrito Federal exportou para o mundo, quer pelo talento, quer pela capacidade de vencer obstáculos e de amar homens e mulheres.
No século passado, no final dos anos 70 e início dos anos 80, o rock alimentou mitos como Ney Matogrosso que saiu de Brasília para compor o Secos&Molhados; vieram Renato Russo com sua banda Legião Urbana; de Brasília partiram para a estrada Herbert Vianna e os Paralamas do Sucesso; Oswaldo Montenegro, Cássia Eller, Plebe Rude, Natiruts, Raimundos e tantos outros que foram forjados nas garagens e nos bares brasilienses.
Os que não estão mais entre os vivos já são estátuas em praças do Brasil.
Considerando os variados estilos musicais, agora surgem novos talentos em pradarias como o sertanejo, que é o gênero mais difundido e vendido do show business nacional. Brasília também produz talentos nessa esfera comparados aos melhores artistas.
Surgem duplas como os estreantes Felippe Costa e Gabriel, que foram ouvidos, assistidos e muito aplaudidos por mais de 10 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios na festa da virada de ano. A dupla surpreendeu o mercado musical e já faz sucesso com a música Revelações em emissoras de rádio em todo o Brasil.
Produtores musicais afirmam que existem pelo menos 400 bandas no Distrito Federal credenciadas a subir aos palcos. O mercado é restrito e competitivo e para chegar ao Olimpo são necessárias tantas virtudes quanto possuía Apolo. Outros nomes como Móveis Coloniais de Acaju, Câmbio Negro, Aborto Elétrico, Zélia Duncan, em variadas matizes da música, estão credenciados.
Mas contrariando o celeiro natural do sertanejo, que são os Estados de São Paulo e Goiás, a dupla Felippe Costa e Gabriel poderá representar Brasília nos palcos brasileiros como mais uma contribuição candanga para o elenco de talentos da música nacional, um leque de variações de estilo e qualidade.
Quem afirma são os entendidos no assunto, caçadores de novas atrações. Esses profissionais têm audição apurada, percebem quem pode avançar. Não importa o perfil, ainda que polêmico, como ficou provado no passado recente com Ney Matogrosso, Cássia Eller e Renato Russo, só para lembrar alguns.
O importante é ter talento e viver intensamente aquilo que produzem. A receita vale para todos, do rock ao chorinho, do reggae ao rap. Como Apolo. Agora temos mais uma representação brasiliense que surge, dessa vez uma dupla que vai percorrer os rincões e estará nos principais rodeios, esquinas e palcos brasileiros. E o nome da dupla é Felippe Costa e Gabriel. Quem ouvir verá.
Max de Quental