Triste realidade
Gripe aviária agora ataca os mamíferos marinhos
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emUm estudo recente abalou o mundo ao revelar o impacto devastador da gripe aviária em mamíferos em todo o planeta. Considerada uma panzootia, comparável a uma pandemia em humanos, esta doença está ceifando vidas e gerando angústia entre os especialistas em saúde e conservação.
O vírus da gripe aviária, especificamente o H5N1, está mutando e se espalhando de maneira alarmante.
“É extremamente preocupante ver como este vírus, que costumava ser exclusivo de aves, agora está cruzando a barreira para mamíferos. É um chamado de atenção urgente”, adverte Pablo Plaza, do Grupo de Pesquisas em Biologia da Conservação do Conicet e da Universidad Nacional del Comahue.
O estudo minucioso examinou 59 artigos científicos e descobriu que entre 2003 e 2019, 10 países relataram infecções por H5N1 em mamíferos, afetando 10 espécies. No entanto, entre 2020 e 2023, este cenário sombrio se expandiu para 26 países e 48 espécies afetadas, principalmente na Europa e na América do Sul.
Os mamíferos marinhos estão sofrendo um golpe especialmente duro. Em nações como Peru, Chile e Argentina, a perda de lobos-marinhos tem sido devastadora. “A quantidade de lobos-marinhos mortos no Peru representa dolorosos 5% de sua população no país”, destaca o estudo, revelando o impacto humano desta tragédia natural.
A dor se estende a outras espécies. Foram registradas mortes em massa de leões-marinhos na América do Sul, com mais de 20 animais mortos pela H5N1. Esta tragédia evidencia a urgência da situação e a necessidade imperativa de tomar medidas.
O autor principal do estudo também enfatiza o risco contínuo da panzootia, com mais de 40 novas espécies de mamíferos infectadas durante o período analisado. O Peru, entre os países mais afetados, sofreu a perda de milhares de lobos-marinhos e aves marinhas em suas áreas protegidas.
Em resumo, a gripe aviária não representa apenas uma ameaça para as aves, mas sua expansão para mamíferos nos confronta com uma triste realidade. Ambientalistas alertam que a colaboração internacional e medidas preventivas são essenciais para enfrentar esta crise em evolução e proteger a biodiversidade em perigo.