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Abacaxis de Lula

Juros, Venezuela e ação ruim na área social vão prejudicar PT nas urnas

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Lauro Allan Almeida Duvoisin e Miguel Enrique Stédile - Via Boletim Ponto/Foto de Arquivo

A guerra é mais do que a soma das batalhas e é preciso estar atento ao rumo de cada movimento. Os resultados das muitas escaramuças abertas deveriam acender o alerta do governo para esta lição. Como nas relações internacionais, por exemplo.

É verdade que o contexto regional é complicado e que hoje há mais discórdia do que unidade entre a esquerda da região, como se vê na impossibilidade de construir uma saída conjunta com o México e a Colômbia sobre a crise na Venezuela e a recente treta do governo da Nicarágua com a diplomacia brasileira por uma questão absolutamente secundária.

E, no fim, todo mundo sai perdendo. Até porque, no caso do Brasil, onde uma parte do eleitorado está mais preocupado com Maduro do que com saúde e educação, mesmo que os prefeitos nada tenham a ver com isso, até as relações externas podem influenciar as eleições municipais.

O segundo ponto de fragilidade é a eficácia de políticas públicas em áreas sensíveis. Na Educação, o desempenho do ensino básico brasileiro no ano passado foi medíocre, segundo o Ideb. Os dados mostram que estamos andando de lado e que ainda não conseguimos recuperar os níveis educacionais pré-pandemia.

A terceira batalha que o governo parece estar perdendo é a da velocidade das mudanças econômicas. No olhar frio da estatística, as notícias são boas: alta de 4,1% na produção industrial em junho e de 1,7% no setor de serviços. E o otimismo de que o PIB crescerá acima de 2,5% está se tornando convicção para o Ministério da Fazenda.

Mas, como resumiu o número 2 do Ministério, “é bom, mas a gente queria mais”. O próprio Lula reconhece que a economia ainda não está “o paraíso do paraíso” e deixa muita claro quem é que puxa o freio de mão: a política de juros altos de Campos Neto.

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