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Esperando solução

Danos da Salgema ainda afligem os moradores de Maceió

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Autor/Imagem:
Karoline Alcântara - Foto de Arquivo

A exploração de sal-gema em Maceió continua a impactar profundamente a vida dos moradores de bairros como Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto, na capital alagoana. Essas áreas foram gravemente afetados por rachaduras e afundamentos no solo, causados pela extração descontrolada desse mineral subterrâneo, realizado pela Braskem, uma empresa petroquímica.

Em 2018, as primeiras ocorrências de tremores e rachaduras começaram a aparecer, alarmando a população e despertando investigações sobre as causas do fenômeno. Posteriormente, foi descoberto que a mineração de sal-gema, que ocorre há décadas na região, estava desestabilizando o solo, levando ao deslocamento de milhares de famílias.

A Braskem, apontada como responsável pelo desastre ambiental, iniciou um processo de indenização e remoção de famílias, mas o trauma e os danos materiais persistem. Até hoje, cerca de 50 mil pessoas foram afetadas e tiveram que deixar suas casas, enquanto outras ainda enfrentam a incerteza sobre seu futuro. Além das perdas financeiras, os impactos emocionais e psicológicos são imensos, com relatos de moradores sofrendo de transtornos de ansiedade, depressão e estresse pós-traumático.

Mesmo com os esforços de reparação, muitos residentes consideram insuficientes as ações da empresa e das autoridades locais. Os prejuízos à infraestrutura e a deterioração da qualidade de vida nos bairros atingidos são problemas que continuarão a afetar a população a longo prazo.

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