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813 Sul

Festival Brasileiro de Teatro de Terreiro vai até domingo

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição - Foto Divulgação

Com o objetivo de discutir e difundir a cultura popular e os teatros de terreiro e de quintal, o Festival Brasileiro de Teatro de Terreiro está de volta, em sua quarta edição, apresentando ao grande público toda a sua contemporaneidade, suas estruturas dramáticas, seus símbolos, seus atores-brincantes, suas técnicas históricas e modernas, por meio de grupos que têm em suas bases essas manifestações.

As apresentações e rodas de conversas começaram no dia 9 e se estendem até o domingo, 15, no Centro Tradicional de Invenção Cultural, na 813 Sul, território cultural do Fuá de Seu Estrelo e do Distrito Federal.

Com entrada gratuita, a retirada dos ingressos para cada espetáculo será disponibilizada sempre às 12h (meio-dia), do dia anterior, pelo Sympla. O espaço tem capacidade máxima de cerca de 200 pessoas, sendo sujeito à lotação. O Festival é realizado com Fundo de Apoio à Cultura (FAC/DF) e incentivo da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec).

Mestre Tico Magalhães, idealizador do projeto, destaca que o festival busca o teatro brasileiro por meio de sua extensa linguagem oral, gestual e corporal, feito pelo povo, dentro de seus brinquedos. Busca que também inclui artistas e grupos que fazem sua arte em consonância com o que a tradição popular brasileira criou ao longo de sua imensa trajetória.

“O Teatro de Terreiro é um conceito que criamos com o objetivo de definir a nossa artesania teatral e essa forma popular de se fazer teatro. É um teatro de encantaria, de quintal, feito para a comunidade e, por isso, tão universal”, explica Magalhães. ” O Teatro de Terreiro não vislumbra o mercado cultural e não é voltado ao entretenimento, mas ao conhecimento. Uma feitura de teatro artesanal, inventiva e não colonial”, sublinha Tico.

O pernambucano Mestre Aguinaldo é um dos artistas confirmados na programação, apresentando o espetáculo A Flor de Cana. “É um trabalho meu, uma vontade que eu tinha. De tanto virem pesquisar a cultura pernambucana, principalmente o Cavalo Marinho e o Maracatu, e as pessoas me convidarem para assistir o trabalho delas em cima dessas manifestações, veio a ideia de montarmos o espetáculo, já que já tínhamos a faca e queijo na mão”, conta o Mestre.

Aguinaldo tem mais de 40 anos de brincadeira no Maracatu e no Cavalo Marinho. Desde os seus 12 anos faz da sua vida a sua arte, sempre mergulhado nas brincadeiras tradicionais do Brasil, sobretudo da Zona da Mata Norte de Pernambuco.

Espiral Brinquedo Meu é o primeiro trabalho solo do músico, ator e dançarino pernambucano Helder Vasconcelos, datado de 2004, após 11 anos de atividades com o conceituado grupo musical Mestre Ambrósio. “Meu trabalho aborda um universo de lugares e pessoas que eu conheço, seja uma pessoa específica ou um jeito de ser, principalmente das tradições do Cavalo Marinho e Maracatu Rural, originário da Zona da Mata Norte de Pernambuco. É o mesmo espetáculo que faço há 20 anos e é uma alegria poder apresentá-lo em Brasília e dentro da proposta do festival”, comemora Vasconcelos.

O festival já trouxe à capital federal 16 grupos vindos de cinco estados brasileiros, reunindo mais de 90 artistas, gerando um público de mais de 10.000 espectadores, nas três edições que já ocorreram. Nomes consagrados como o multiartista Antonio Nóbrega (PE) e grupos de reconhecimento internacional como o Grupo Galpão (MG) e o Grupo Lume (SP) passaram pelo Festival Brasileiro de Teatro de Terreiro.

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