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Entrevista/Gil DePaula

Menino sergipano vira adulto no DF com ‘Terra dos Homens Perdidos’

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Autor/Imagem:
Cecília Baumann - Foto Acervo Pessoal

A capital da República foi brindada, logo em sua inauguração, com um presente especial: a chegada do menino Genivaldo, hoje homem feito que assina Gil DePaula. Morador do Guará, ele é bacharel em Administração de Empresas. Tem e sabe de tudo um pouco. Como contista e romancista, deixa um legado de perolas.

Conheça na entrevista a seguir Gil DePaula, que viu despertar a paixão pela literatura logo aos cinco anos de idade.

Fale um pouco sobre você, seu nome (se quiser, pode falar apenas o artístico), onde nasceu, onde mora, sobre sua trajetória como escritor.

Meu nome é Genivaldo Alves de Paula, nasci em 24/12/1957, em Aracaju-SE, cheguei a Brasília em 1960, aos dois anos de idade, tenho por nome artístico Gil DePaula, que é meu apelido desde a infância, moro no Guará 2 – Brasília/DF. Sou formado em administração de empresas e pós-graduado em análise de sistemas. Tenho dois livros escritos e lançados, um em 2015, outro em 2017. O primeiro chamado de “Complexo de Batman” (livro de contos), o segundo “Terras dos Homens Perdidos” (romance). Tenho um portal chamado Blog do Gil, onde publico meus textos (crônicas, ensaios, contos, poemas, história, ciência, tecnologia, etc.).

Como a escrita surgiu na sua vida?

Desde cinco anos de idade sou um devorador de livros e, assim, surgiu minha paixão pela a escrita.

De onde vem a inspiração para a construção dos seus textos?

Na maioria das vezes simplesmente surge, mas, também, busco inspiração no cotidiano.

Como a sua formação ou sua história de vida interferem no seu processo de escrita?

Lembranças, muitas vezes, são transformadas e adaptadas em textos.

Quais são os seus livros favoritos?

Inúmeros, mas vou citar alguns: 1984, Servidão humana, Exodus, O Imprecador, Paulo e Estevão, Há Dois mil Anos, Ana Karenina, Odisséia, O Tempo e o Vento, Incidente em Antares, Don Casmurro, Esaú e Jacó, A Cor Púrpura, Nada de Novo No Front, Toda Luz Que Não Podemos Ver, A Casa dos Espíritos, O Vermelho e o Negro, Metamorfose, Don Quixote, Capitães da Areia, Jubiabá, Os Velhos Marinheiros, Tereza Batista Cansada de Guerra, Gabriela Cravo e Canela, O Nome da Rosa, Ensaio Sobre a Cegueira, Sapiens Uma Breve História da Humanidade, A Vida Como Ela é, O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Gênese, À Leste do Éden, Brasil Nunca Mais, À Espera de um Milagre, etc.

Quais são seus autores favoritos?

Erico Verissimo, Jorge Amado, José Saramago, Nelson Rodrigues, Machado de Assis, Isaac Asimov, Stephen King, Isabel Allende, Kafka, Humberto Eco, etc.

O que é mais importante no seu processo de escrita? A inspiração ou a concentração? Precisa esperar pela inspiração chegar ou a escrita é um hábito constante?

Inspiração. Às vezes concentração.

Qual é o tema mais presente nos seus escritos? E por que você escolheu esse assunto?

Escrevo sobre tudo.

Para você, qual é o objetivo da literatura?

Divertir quem está lendo e a mim mesmo.

Você está trabalhando em algum projeto neste momento?

Tenho um engavetado que pretendo retomar (escrevi o primeiro capítulo e iniciei o segundo).

Quais livros formaram quem você é hoje? O José Seabra sempre cita Camilo Castelo Branco como seu escritor predileto, o Daniel Marchi tem fascinação pelo Augusto Frederico Schmidt, e o Eduardo Martínez aponta Machado de Assis como a sua maior referência literária. Você também deve ter as suas preferências. Quem são? E há algum ou alguns escritores e poetas contemporâneos que você queira citar?

Machado de Assis, Erico Verissimo e Jorge Amado.

Como é ser escritor hoje em dia?

Nunca ganhei dinheiro com meus textos, tenho escrito apenas por prazer. Logicamente, gostaria de ser reconhecido (primeiramente) e sendo possível ter ganhos financeiros).

Qual a sua avalição sobre o Café Literário, a nova editoria do Notibras?

Merecedor de aplausos, pois toda inciativa desse porte em um país que não se dá muita importância à literatura, é bem mais que bem-vinda.

Tem alguma coisa que eu não perguntei e você gostaria de falar?

Não! Essa conversa foi maravilhosa.

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