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Nomes inesquecíveis

Senhores da guerra, EUA se borram por inteiro diante da fúria dos hurricanes

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Autor/Imagem:
Arimathéia Martins Foto Reprodução/Startdaily

Senhor dos anéis, das guerras, de boa parte da economia mundial, dos corações de muitos brasileiros e da mente de milhares de pessoas inferiores, entre elas brazucas palacianos de ponta, os Estados Unidos só não têm poder sobre a natureza. Poderosos, John Fitzgerald Kennedy, Lyndon Johnson, Richard Nixon, Jimmy Carter, Ronald Reagan, George W. Bush pai e filho, Bill Clinton, Barack Obama, Joe Biden e, principalmente, o satanás de rabo Donald Trump foram e são inofensivos diante da fúria mortal de fenômenos naturais batizados com nomes masculinos e femininos justamente para que jamais se esqueçam deles.

Respeitosamente, refiro-me a Milton, Helene, Beryl, Alberto, Ernesto, Gordon, Oscar, Patty, Tony, Katrina e Joyce, entre muitos outros furacões que já atazanaram a vida dos americanos de diferentes regiões. Nada contra a América. Pelo contrário. Embora sempre tenha de esperar que eles esgotem todas as tentativas de produzir algo, conto sempre com os norte-americanos para fazer a coisa certa. Estou cansado disso, mas, considerando minha ojeriza aos dominadores, o que posso dizer é que meus pensamentos em relação aos EUA não podem ser traduzidos inteiramente por meio de palavras.

Apesar da inconstância de humor em relação a Tio Sam, não posso ser injusto a ponto de esquecer que eles já salvaram a Terra numerosas vezes em filmes de Hollywood. O nível de justiça vai ao chão quando sou informado pelos jornais, rádio e televisão que, na vida real, os Estados Unidos da América destroem o planeta aos pouquinhos. Falando sério, a inquestionável diferença entre EUA e Brasil é cristalina: lá é a terra das oportunidades, aqui sobram oportunistas. Reconheço o distanciamento de mundos. Todavia, ao contrário do que muitos pensam, não me acho inferior a eles.

Provavelmente não me veem com igualdade apenas porque sou diferente e coletivo, isto é, com horror ao individualismo robusto. Vivo em um país atrasado, mas que dispõe do sistema eleitoral mais moderno do mundo. Nação ultramoderna, os EUA têm o sistema mais arcaico do globo terrestre. Incoerências que não se explicam. Voltando aos fenômenos, tudo bem que a ausência de furacões, tornados, tufões, ciclones e maremotos no Brasil seja compensada pela qualidade de parte do povo brasileiro, principalmente daqueles que usam a soberba e o poderio econômico com faces ocultas para tiranizar os menos favorecidos. Exatamente como fazem conosco os vizinhos dos Estados Unidos da América.

São os que se imaginam com força suficiente para, apoiados por um cabo e um sargento, fechar o Supremo Tribunal Federal, silenciar o Congresso Nacional e calar a voz dos brasileiros até aqui de mágoa com os golpistas de plantão na Praça dos Três Poderes. Obviamente que os estadunidenses estão anos luz à nossa frente em quesitos caríssimos para o povo. Por exemplo, a democracia norte-americana tem 238 anos. Mesmo sem ter chegado aos 40 anos, a nossa é atacada com relativa frequência. Depende do humor do presidente da vez e da coragem do povo que não se imagina vivendo sem liberdades.

Não temos cataclismas climáticos. Na verdade, não tínhamos. São eventuais, mas já temos. Furacão físico ainda não. O último foi simbólico. Ele teve nome, sobrenome, número de registro no Tribunal Superior Eleitoral e ocorreu exatamente no dia 30 de outubro de 2022. Como nos EUA a época de hurricanes está no ar, a próxima tempestade está marcada para 05 de novembro. Não à toa ela foi batizada de Kamala Harris e deve atingir em cheio os peitos de Donald Trump e Elon Musk, a dupla satânica que espalhou fake news criminosos durante a passagem do Milton. É a lei de causa e efeito. Dessa vez os Estados Unidos copiarão o Brasil.

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