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Entrevista/Jovanna Pin

‘De Deus ao Pequeno Príncipe, ler e escrever é uma eterna arte’

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Autor/Imagem:
Cecília Baumann - Foto Acervo Pessoal

Ler a Bíblia Sagrada faz parte do ritual de milhões de pessoas. E a escritora Jovanna Pin não é exceção. Mas, como nem só de religião vive o ser humano, sempre há espaço para sonhar com as aventuras de um jovem príncipe de cabelos loiros, encaracolados, ou mesmo desvendar   os mistérios presentes nas páginas dos livros de Clarice Lispector. Tudo isso porque ler é uma arte. E escrever, uma dádiva. É

assim que pensa Jovanna, uma capixaba de Cachoeiro de Itapemirim, terra de grandes artistas. E de uma estudante de Publicidade que, todos os que a conhecem, sabem que ela está no caminho certo. Para entender isso, é só ler a entrevista a seguir.

Fale um pouco sobre você, seu nome (se quiser, pode falar apenas o artístico), onde nasceu, onde mora, sobre sua trajetória como escritor.

Muito prazer, sou Jovanna Pin. Nasci em Cachoeiro de Itapemirim e fui criada no interior da cidade, minhas raízes estão aqui e sou definitivamente fã dessa terra que é berço de diversos artistas e não me vejo morando em outra cidade (já até morei por um tempo em municípios vizinhos, mas o coração sempre esteve em Cachoeiro).

Como a escrita surgiu na sua vida?

Desde pequena fui estimulada a leitura e a escrita, com cinco anos eu lia e escrevia, no colo da minha bisavó Maria Derli aprendi diversos versinhos que carrego comigo até os dias atuais. Sempre fui apaixonada nas revistas que ficavam nas recepções de consultórios. Minha família nunca reprimiu minha curiosidade e criatividade, sempre me presenteavam com livros, revistas, jornais, vários cadernos e diversas canetas para que eu pudesse escrever e ler quando e o que quisesse.

De onde vem a inspiração para a construção dos seus textos?

Sem sombra de dúvidas das vivências da vida, do amor que sinto pela escrita e da sede em mostrar novos olhares e novas histórias a partir dos diversos gêneros literários.

Como a sua formação ou sua história de vida interferem no seu processo de escrita?

Sou estudante de Publicidade e Propaganda, assessora política e também fiz alguns cursos voltados para redação e para o jornalismo, acima de tudo sempre escrevi tudo o que via. Era uma criança que sempre tinha várias agendas, cadernos e diários, a partir de um acontecimento eu sempre desenvolvia um texto ou um poema.

Quais são os seus livros favoritos?

A Bíblia Sagrada; Um carinho na alma – Braulio Bessa; E se fosse você? – Anete Lacerda

Quais são seus autores favoritos?

Anete Lacerda; Braulio Bessa, Clarice Lispector; Rubem Braga; entre muitos, passaria horas aqui.

O que é mais importante no seu processo de escrita? A inspiração ou a concentração? Precisa esperar pela inspiração chegar ou a escrita é um hábito constante?

Ah, certamente a inspiração, pelo menos pra mim ela surge nos momentos mais inesperados, pode ser quando estou quase dormindo, quando vejo um belo amanhecer ou quando olho para algum familiar e me recordo de tudo que vivemos juntos. A inspiração não chega! Ela está! Quando vemos a situação por outra perspectiva é possível encontrar poesias até na fila do banco, rsrsrsrs.

Qual é o tema mais presente nos seus escritos? E por que você escolheu esse assunto?

Sempre o cotidiano, histórias vividas, paixões e ocorridos. Esses assuntos foram escolhidos pelo fato de ser os meus assuntos.

Para você, qual é o objetivo da literatura?

A literatura permite mergulhar nas profundezas da experiência humana, revelando as complexidades do ser, os dilemas do coração, as inquietações da mente. Ela é uma forma de nos conectarmos com o universo e com nós mesmos.

Você está trabalhando em algum projeto neste momento?

Estou estudando, buscando aprender a cada dia mais sobre a arte de escrever, também sobre tudo que envolve a comunicação. Sempre estou envolvida em comunicação, seja aprendendo ou trabalhando.

Quais livros formaram quem você é hoje? O José Seabra sempre cita Camilo Castelo Branco como seu escritor predileto, o Daniel Marchi tem fascinação pelo Augusto Frederico Schmidt, e o Eduardo Martínez aponta Machado de Assis como a sua maior referência literária. Você também deve ter as suas preferências. Quem são? E há algum ou alguns escritores e poetas contemporâneos que você queira citar?

A Bíblia Sagrada, toda coleção de Monteiro Lobato, também os clássicos da literatura infantil e o Pequeno Príncipe.

Como é ser escritor hoje em dia?

É uma honra, é um dom e uma dádiva não tão reconhecida ou valorizada. É desafiador, mas é muito bom!

Qual a sua avalição sobre o Café Literário, a nova editoria do Notibras?

Nota mil, adorei conhecer e agora fazer parte desse trabalho maravilhoso que visa apoiar e incentivar a literatura brasileira.

Tem alguma coisa que eu não perguntei e você gostaria de falar?

Não, estou satisfeita com essa conversa!

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