Genocídio em Gaza
Tribunal de Haia expede pedido de prisão de Benjamin Netanyahu
Publicado
emO Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, Holanda, emitiu nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa israelense Yoav Gallant por supostos crimes de guerra em Gaza.
O tribunal rejeitou os argumentos de Israel sobre a falta de jurisdição da Corte mundial de justiça.
“Com relação aos crimes, a Câmara encontrou motivos razoáveis para acreditar que o Sr. Netanyahu, nascido em 21 de outubro de 1949, Primeiro-Ministro de Israel na época da conduta relevante, e o Sr. Gallant, nascido em 8 de novembro de 1958, Ministro da Defesa de Israel na época da suposta conduta, cada um tem responsabilidade criminal pelos seguintes crimes como coautores por cometer os atos em conjunto com outros: o crime de guerra de fome como método de guerra; e os crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos. A Câmara também encontrou motivos razoáveis para acreditar que o Sr. Netanyahu e o Sr. Gallant têm responsabilidade criminal como superiores civis pelo crime de guerra de dirigir intencionalmente um ataque contra a população civil”, diz o comunicado procedente de Haia.
Repreensão severa
O gabinete de Benjamin Netanyahu acusou o Tribunal Penal de isolar Israel e apoiar o terrorismo contra o estado judeu, segundo comunicado lido pelo conselheiro de Netanyahu, Dmitri Gendelman.
“Hoje, o TPI decidiu ignorar as evidências e argumentos apresentados por Israel, na verdade tomando o lado da guerra regional desencadeada pelo regime iraniano contra Israel. O TPI decidiu apoiar uma campanha de desinformação total com conotações antissemitas, cujo propósito é isolar Israel de seus aliados e facilitar ataques terroristas contra nosso país”, disse Gendelman no Telegram.