30 anos com cara de 60
Mistura de energético com tabaco vira bomba e abre a ‘fonte da velhice’
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emA busca pela ‘fonte da juventude’ perdeu-se no caminho; a preocupação agora é inversa: evitar que jorre cada vez com mais força a ‘fonte da velhice’. Seus ingredientes são a associação do tabagismo com as bebidas energéticas. Os efeitos dessa combinação – muito comum em jovens – tendem a dobrar a aparência física das pessoas. Em outras palavras: em pouco tempo, quem tem 30 anos de idade, vai estar aparentando ter 60.
O alerta é da estudante de medicina Nicol Klochkov, da Universidade Médica Estadual de Saratov VI Razumovsky, da Rússia. Orientada por seus professores, ela concluiu, em um estudo devidamente comprovado, que esse hábito (cigarro + energético), não só provoca o envelhecimento precoce, como aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
As bebidas energéticas são extremamente populares entre os jovens e seu consumo deve aumentar 2,5 vezes até 2029 em comparação ao início desta década. Junto com o tabaco, afetam negativamente as células nervosas humanas, aumentam os níveis de hormônio da tireoide e elevam as concentrações de íons de cálcio.
“Eu estudo em uma universidade médica com uma carga de trabalho acadêmica pesada; muitos alunos recorrem a bebidas energéticas para ficarem acordados por mais tempo. O tabagismo também é comum entre os jovens. Comecei a pesquisa e os resultados são preocupantes”, disse Nicol.
Ao analisarem a pesquisa, os mestres que orientaram Nicol observaram aumento da pressão arterial e frequência cardíaca juntamente com níveis elevados de colesterol. Eles também identificaram marcadores que indicam danos às células do fígado e do pâncreas.
“Eu aconselharia os jovens a não prejudicarem seus corpos apenas por duas ou três horas extras de vigília porque as consequências, se não forem imediatas, inevitavelmente aparecerão mais tarde. Esses efeitos podem ser irreversíveis. Em dez anos, muitos sentirão o impacto de seus hábitos e, aos 30, seus corpos podem se assemelhar aos de pessoas de 60 anos”, enfatizou Klochkova.