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'Mentiras repetidas'

Governo jabuticaba de Lula não dá os frutos prometidos, diz Flávio

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Autor/Imagem:
Marta Nobre - Foto de Arquivo

Lula parece um produtor de tâmaras e jabuticabas: todo ano diz que arou a terra, jogou fertilizante, semeou mas não mostra os frutos colhidos. Mais parece engodo – ou mentira, como postou em suas redes sociais o senador Flávio Bolsonaro. O presidente, usando de metáfora, disse que em 2023 o Brasil foi preparado para a colheita. Mas os frutos não vieram; agora, no fim de 2024, ele acaba de repetir a mesma coisa, prometendo que 2025 será o ano da redenção. Afinal, que frutos Lula está plantando que o povo não vê? Seriam sementes de tâmara e de jabuticaba?

A tâmara, comentou comigo neste fim de semana um agora frustrado ex-petista durante caminhada no Parque da Cidade, em Brasília,, é a fruta que demora mais tempo para ser colhida, podendo levar até 100 anos para dar frutos. Coincidentemente, mesmo período de sigilo de muitos dos atos do governo. É por essas e outras que dia sim, outro também, ouvimos o ditado de que quem quem planta tâmaras, não come tâmaras. Já a jabuticabeira pode demorar entre 5 e 10 anos para começar a mostrar seus frutos. A produção pode variar de acordo com o clima, os cuidados e as condições de cultivo, coisa que, pelo andar da carruagem, anda ruim lá pelos lados do Palácio do Planalto.

As pecaminosas falas de Lula citadas nas postagens de Flávio Bolsonaro remetem a uma sugestiva crônica em que o presidente, com seu chapéu surrado e botas que parecem nunca ter conhecido dias melhores, encosta o trator em uma sombra e, com voz grave e pausada, garrafinha na mão, repete o discurso de sempre. “Arei a terra, botei o melhor fertilizante, escolhi a semente de qualidade. Agora é esperar”.

E assim se passa o tempo. Todo dezembro, o tom é o mesmo, como se a promessa fosse plantar esperança no coração de quem ouve. Mas, e o fruto? Ah, esse ninguém viu. O Brasil, que já foi de abundância (afinal, em se plantando tudo dá, escreveu Caminha), tornou-se piada na voz do povo: “Ele (Lula) planta o quê? Um pé de meia furada?”.

Lula, lamentável admitir isso, não pensa em tudo. O Brasil está virado, a semente no chão, o fertilizante aplicado. Mas faltam o cuidado, o carinho de regar, acompanhar o crescimento, proteger da praga. E o presidente vai se perdendo no meio do caminho. Talvez por desleixo, talvez por distração, ou quem por uma assessoria que deixa a desejar cada vez mais.

No fundo, Lula tem se apresentado como um poeta visionário de cordel da sua velha Garanhuns. É mais cordelista do que governante. Porque imagina fazer, diz ter feito, mas não faz.

A comparação com um produtor que vende falsas verdades é justa. É do tipo que aparece no mercado central de um Brasil continental. É fácil reconhecê-lo: o mesmo discurso dourado de palavras bonitas. Com o peito estufado, narra a epopeia do ciclo agrícola, que serviria para saciar a fome do povo, como se fosse um épico de Homero.

“Arei a terra no suor do meu rosto, coloquei o melhor fertilizante, sementes de primeira linha. Pode esperar que, no ano que vem, vou trazer fartura para todo mundo”. O povo sempre ouve com um misto de pouca confiança e muita desconfiança. Alguns até arriscam um palpite entre cochichos: será que desta vez ele trará os frutos? Mas os anos passam, e o caminhão dele continua vazio.

Se alguém ousa perguntar pelo milho prometido ou pelo feijão milagroso, a resposta vem rápida, com um sorriso meticulosamente ensaiado: “Ah, minha gente, as pragas foram severas, a chuva veio na hora errada… Mas no próximo ano, vocês vão ver!”

Contudo, com Lula – como mostrou Flávio Bolsonaro – o tempo da colheita nunca chega. O presidente não apresenta os frutos prometidos. “Ah, o clima me traiu!”, diria ele, numa vã tentativa de justificar o injustificável.

Enfim, cai a máscara: o que Lula planta não é para ser colhido da terra, mas para alimentar o espírito de um corpo que é só osso. A colheita é ver a excitação das pessoas, a esperança nos olhos delas. Como mostrou Flávio Bolsonaro, o povo precisa acordar e fechar os olhos a um visionário, a um enganador. Ou o Brasil vai virar um deserto, onde sequer se colherão tâmaras e jabuticabas.

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Marta Nobre é Editora Executiva de Notibras

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