Terra do sustento
Verdes Vales, onde Lucia ganha a vida com crochê, frutas e verduras
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emNa pacata cidade de Pingo d’água, uma comunidade chamada Verdes Vales, a vida era tranquila e as manhãs ensolaradas. Os pássaros cantando fazendo orquestra alegrando os dias.
Ali vivia Lucia, uma mulher cheia de alegria e vontade de viver. Tinha um coração generoso e alma livre, cresceu na fazenda lidando com a terra. Cresceu ali rodeada pelas matas e rios.
Ela adorava a simplicidade da vida ali, acordar pela madrugada ouvindo a sinfonia dos pássaros, a lida na fazenda começava sempre às cinco da manhã.
O galinheiro era aberto e logo a galinhada começava a anarquia, no curral os bois, o cheiro da terra molhada nos dias chuvosos. Era tudo magnífico pra Lucia.
Seus pais, Cleuza e Pedro, muito dedicados ao trabalho e faziam questão de ensinar aos filhos a importância de trabalhar. Mesmo sendo duro cuidar da terra e do gado, eles sempre tinham bom ânimo.
Além de todo trabalho, Lucia amava cuidar dos animais nas horas de folga, os filhotes de ovelhas eram seus preferidos. Amava o velho cavalo Pimpolho, sempre que podia, ela cavalgava nele um pouco nos fins de tarde, adorava ir à beira rio olhando os peixes pular a flor d’água.
O pôr do sol era magistral refletido nas águas do velho rio, ficava encantada com as cores que tingia o céu. Havia uma pequena escola na comunidade. Lucia era dedicada, aprendia não só as lições, mas também histórias passadas de geração em geração. O professor Antônio sempre dizia a ela que a verdadeira sabedoria estava no valor e no caráter das pessoas, mas ela insistia que era também em cultivar a terra e sujar as mãos.
O momento mais aguardado era uma feira na comunidade. Os moradores se ajuntavam e compartilhavam as suas colheitas, seus artesanatos feitos por pessoas dali da roça. Era uma festa linda. Lucia aproveitava para vender seus bordados e crochês, até os legumes e frutas que ela mesma cuidava desde a semente.
A feira também era prática para reunir as pessoas que já haviam se mudado e voltava na ocasião. Assim, sempre renovam os laços de amizades.
Os desafios da vida rural eram sempre os mesmos, ou tempestades inesperadas, ou seca sem aviso. Mas Lucia sentia gratidão pela vida linda que tinha, amava a natureza que a presenteava com tamanha beleza.
Cada dia era uma lição de amor ao próximo, Lucia estava fascinada com a riqueza da terra e suas belezas naturais. Sempre respeitando o próximo e a natureza, ela seguiu ali em meio a suas histórias e maravilhas na terra, que lhe dava sustento.