Comunicação desanda, oposição ri e governo Lula3 sucumbe às fake

Principal via para resolver conflitos, a comunicação é o principal pilar de qualquer tipo de relação, principalmente quando nela estão envolvidos governos, governados e desgovernados. O grande problema na comunicação vai além do saber falar, ler e escutar. É fundamental saber transmitir. É baseado nessa afirmação que José Abelardo Barbosa, o imortal Chacrinha, cunhou a célebre frase “Quem não se comunica, se trumbica” No governo de Luiz Inácio, o Lula 3, parece que o buraco é mais embaixo. Por isso, entra tema, sai assunto e volta ideia e cada vez mais ele (o presidente) se estrupica, se complica e de fora fica. O primeiro passo para ficar dentro é se tocar que primeira- dama é só a mulher do presidente e não ministra.

Acostumados a perder contendas simples de comunicação na internet, Lula e sua trupe normalmente se apequenam diante de grandes batalhas contra a divulgação de informações falsas. Esta semana perderam uma das maiores. A derrota do governo diante das fake news significou a vitória dos sonegadores. E não basta culpar pessoas inescrupulosas pela manipulação de anúncios mal formulados. O fato é que, sem falar a mesma linguagem das redes sociais, normalmente o presidente da República e a maioria de seus colaboradores caem de quatro sempre que um espirro no X uma ou uma avalanche de fake news os obrigam a desdizer o que disseram.

Na ausência de um bom soneto, é aí que a emenda fica pior do que a sineta. É o mesmo que pisar no próprio saco. O episódio da revogação do ato sobre a fiscalização do PIX provou que qualquer guri recém-saído dos cueiros pode apagar a imaginária inteligência artificial dos supostos internautas do petismo. Foi assim durante toda a gestão do Sargento Pimenta e será assim até que alguém realmente ardido tome conta do forno da lojinha de informação oficial da Presidência da República. Enquanto isso não ocorrer de fato, o que se quer dizer e o que se diz estarão cada vez mais distantes. Ou seja, os inescrupulosos vencerão sempre.

A pergunta que não quer calar é simples. Por meio da Receita Federal, o ministro Fernando Haddad queria mesmo monitorar transferências de pessoas físicas via PIX acima de R$ 5 mil? Os inescrupulosos afirmaram isso. Em lugar de desmentir a bandidagem, de manter ou de explicar a norma, o presidente preferiu derrubá-la, isto é, passou recibo ou substituiu a linguagem de Libras pela de Braille. Não disponho de instrumentos ou expedientes capazes de me garantir que a fumaça palaciana serviu para apagar o fogo atiçado pelos plantonistas do quanto pior, melhor.

No entanto, sabedor da nocividade da ambiência política, tenho pelo menos a obrigação de acreditar que, além da eficácia e da simplicidade no exercício de informar, a chave mestra tem de ser a confiança recíproca e, acima de qualquer coisa, a honestidade da informação. Na linguagem menos grosseira, não basta uma boa embalagem. O que realmente interessa é o conteúdo. No Lula 3, parece que invariavelmente os títulos falam de um novo campeonato do Flamengo, mas a sequência dos textos faz referência à cronologia de derrotas do Vasco da Gama. Nada pessoal. É só para provar que onde não existe boa comunicação não há compreensão, tampouco bom entendimento.

Portanto, em comunicação política a máxima é simples: Quem não comunica, não lidera. Enfim, na arte de se comunicar é básico entender que o mais importante não é o que se fala, mas o que outro compreende do que foi dito. É a história da embalagem e do conteúdo. Ainda é muito cedo para conjecturas de futuro. Entretanto, o dano continuado à imagem do governo pode acabar refletindo em 2026. Sob nova direção, a comunicação do Planalto tem de buscar com urgência formas de se antecipar à falta de escrúpulos dos defensores do caos. Substituto de Paulo Pimenta na Secom da Presidência da República, o publicitário Sidônio Palmeira precisa levar fé onde houver dúvida. Mais do que isso. Que ele trabalhe para evitar novas investidas no meu e no PIX de Luiz Inácio. Como eu costumo dizer em latim: Bobeatus sunt enrrabatus est. Aportuguesando, bobeou, sabe como é….

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Wenceslau Araújo é Editor-Chefe de Notibras