Voto secreto vira nova arma no jogo da disputa na Câmara
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emO candidato à presidência da Câmara dos Deputados Júlio Delgado (PSB-MG) aposta suas fichas no voto secreto para a disputa no início de fevereiro. Se for eleito, o candidato não aceitará “achaques” na sua relação com o governo federal. “O Executivo sabe que conosco a relação será republicana a ponto de, pela independência que o meu partido determinou, que não vai ter achaque”, As informações são do Uol.
É a segunda vez que o mineiro disputa o cargo. Na primeira, em 2013, foi derrotado pelo deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que se despede da presidência em fevereiro.
Desta vez, Delgado acredita que o apoio de partidos aliados possa mudar o destino das eleições. “Em 2013, nem o meu partido, o PSB, tinha sido ostensivo na minha candidatura no mês de dezembro, no mês de janeiro. O que está acontecendo agora? Agora eu tenho musculatura suficiente e apoio partidário para nos dar essa sustentação”, afirmou, referindo-se ao apoio do próprio PSB, do PSDB, PPS e PV.
Questionado sobre seus “trunfos” para chegar à presidência desta vez, Delgado disse que o voto secreto para a disputa é uma de suas armas.
“Qual foi a única coisa que ficou no voto secreto? Voto pra escolha da presidência da mesa. Aí o pessoal (fala): ‘Ah…é voto da traição’. Não (…) esse é o voto verdadeiro (…) o voto secreto permite que todos os concorrentes estejam buscando votos em todos os partidos para que, verdadeiramente, o deputado possa, de coração, com a consciência tranquila, livre, escolher aquele que vai representar o poder”, disse.
Outra “arma” que Delgado admite estar usando para angariar mais votos é evitar a polarização entre Arlindo Chinaglia e Eduardo Cunha. Na última quinta-feira (22), em entrevista concedida ao UOL, Cunha classificou a gestão de Chinaglia na presidência da Câmara (2007 a 2009) como “medíocre”.
“Eu não entro na polarização e nem nas briga que eles fazem entre as posições ou a forma de fazer campanha ou denúncia (…) Não quero discutir o que eles estão digladiando ou quais acusações estão fazendo um pro outro, até porque eu os respeito (…) No momento em que verificarem que a nossa candidatura está se viabilizando, também virá pra cima de nós, mas eu estou preparado”, afirmou.