Na mão do guardinha
De aroma perfumado, café é coisa de luxo hoje em dia
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Fui ao banco resolver o que todo brasileiro tem de comum. Dívidas e dúvidas.
Depois de muito tempo aguardando e observando o movimento do senta e levanta diante dos funcionários, minha senha foi chamada. Sentei, e vitimada coloquei a culpa nos tempos atuais, onde a distância do meu nascimento e do teclar digital ainda cabe como desculpa.
Meia hora para desfazer a confusão que eu mesma criei ao querer inserir o pix no meu celular; acabei por bloquear provisoriamente o meu cartão.
Coisas do meu dedo nervoso que age mais rápido do que meu pensamento.
Cinco minutos para identificar minha conta, mais cinco para entender que: o banco precisava liberar o aparelho celular para o Pix.
Mais cinco para preencher formulários, porque meu celular é antigo e demorou em abrir para a foto. E, paciência é rara no atendimento.
Formulário preenchido. É preciso inserir os dados no sistema.
Cinco minutos. Cartão desbloqueado.
Completando os 30 minutos, o tempo de agradecer, recolher a documentação, rejeitar mais uma proposta de crédito consignado e, levantar.
Aliviada.! Tudo funcionando. Dirigi-me ao elevador.
Botão acionado, imediatamente, entrei entre mais duas pessoas que já ocupavam o melhor lugar da ventilação.
Andar abaixo, um vigilante entra no elevador com um copo de café.
O cheiro invadiu toda a cabine…
– Hum! Tão gostoso.
A mulher ao meu lado não se conteve e exclamou:
– Que café cheiroso!
O homem que estava atrás replicou: aproveite e inale porque tomar café hoje, vai ser difícil.
Todos que estavam dentro do elevador inspiraram fortemente. O guarda sem graça saiu rapidinho no andar abaixo, salvando o seu café de assalto.
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