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Na mão do guardinha

De aroma perfumado, café é coisa de luxo hoje em dia

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Autor/Imagem:
Hannah Carpeso - Foto Francisco Filipino

Fui ao banco resolver o que todo brasileiro tem de comum. Dívidas e dúvidas.

Depois de muito tempo aguardando e observando o movimento do senta e levanta diante dos funcionários, minha senha foi chamada. Sentei, e vitimada coloquei a culpa nos tempos atuais, onde a distância do meu nascimento e do teclar digital ainda cabe como desculpa.

Meia hora para desfazer a confusão que eu mesma criei ao querer inserir o pix no meu celular; acabei por bloquear provisoriamente o meu cartão.

Coisas do meu dedo nervoso que age mais rápido do que meu pensamento.

Cinco minutos para identificar minha conta, mais cinco para entender que: o banco precisava liberar o aparelho celular para o Pix.

Mais cinco para preencher formulários, porque meu celular é antigo e demorou em abrir para a foto. E, paciência é rara no atendimento.

Formulário preenchido. É preciso inserir os dados no sistema.

Cinco minutos. Cartão desbloqueado.

Completando os 30 minutos, o tempo de agradecer, recolher a documentação, rejeitar mais uma proposta de crédito consignado e, levantar.

Aliviada.! Tudo funcionando. Dirigi-me ao elevador.

Botão acionado, imediatamente, entrei entre mais duas pessoas que já ocupavam o melhor lugar da ventilação.

Andar abaixo, um vigilante entra no elevador com um copo de café.

O cheiro invadiu toda a cabine…

– Hum! Tão gostoso.

A mulher ao meu lado não se conteve e exclamou:

– Que café cheiroso!

O homem que estava atrás replicou: aproveite e inale porque tomar café hoje, vai ser difícil.

Todos que estavam dentro do elevador inspiraram fortemente. O guarda sem graça saiu rapidinho no andar abaixo, salvando o seu café de assalto.

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