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Vozes escondidas

Palavras são como navalha afiada que rasga feridas que não cicatrizam

Publicado

Autor/Imagem:
Luzia Couto - Foto Francisco Filipino

Vozes calmas, corações pulsantes, silêncio na brisa da manhã, sussurros sonolentos passageiros.

Vozes escondidas que não calam, não há luz na sombra nem eco no vento, o silêncio predomina, ainda assim a alma é puro fogo.

As feridas não cicatrizam, as palavras são como navalha afiada que rasga, contam histórias que a vida escreveu, mas sente vergonha no momento.

Mesmo assim, um fogo queima o corpo incendiando o desejo, é a chama que inflama sem anúncios.

A história pouco a pouco é desvendada e segredos viram fumaça, mistérios viram poesias.

No peito um coração bate descompassado, no meio da noite rumores e ruídos, nomes, deuses, atritos.

Porque há amores proibidos que vestem de silêncio, pois morrem no barulho, outros nascem nas furtividades.

Lábios suplicantes silenciam, almas gritam, ninguém escuta, olhares trocados, corpos nunca tocados, um toque invisível, um beijo perdido e um amor sufocado por vozes escondidas.

Sem carícias, linguagem de sombras, corpos congelados, tempestades inesperadas de palavras calam os amantes que queimam no fogo do desejo, tornando-os em cinzas onde tudo é sepultado.

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