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Acende Brasil teme colapso de energia e sugere que o povo se acostume com os apagões

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O custo de um racionamento de energia só não é maior do que o de um corte de abastecimento, diz Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, que estuda a eficiência do sistema elétrico. O especialista afirma que o apagão da última segunda-feira foi, possivelmente, o primeiro de vários se o governo continuar enfrentando o problema com medidas paliativas, como a importação de energia da Argentina.

“Se não for mais possível produzir energia, não se pode mais falar em racionamento. Sem energia, não haverá o que racionar”, afirmou Sales. Para ele, o racionamento precisa ser uma medida preventiva para produzir efeitos menos nocivos sobre a economia. Isso porque a falta de abastecimento atinge diretamente a indústria e o comércio, desestimulando investimentos no País.

De acordo com Sales, os recordes de demanda de energia nos últimos três anos foram em fevereiro. “São grandes as possibilidade de que apagões voltem a acontece no restante do verão. Neste ano, o sistema não conseguiu suportar a demanda já em janeiro e é razoável supor que o recorde de 2015 também seja em fevereiro.”

Como o período chuvoso acaba em abril, ele avalia que será difícil o País passar pelo restante do período seco até novembro sem alguns solavancos, em função do baixo nível dos reservatórios.

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