Artesãos do destino (Parte I)
Um plano para mudar o destino do jovem Adolf e da humanidade
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I- De volta ao passado
Praça central da cidade de Linz, Áustria, ano de 1906.
– Chegamos, Don!
– Parece que sim, Bárbara!
– Vamos procurar um lugar para tomarmos um café, aí revisamos o plano.
– Estou otimista, B, o plano é bom!
– Espero que sim, D. É o nosso trabalho mais importante na organização desde que aceitamos trabalhar para a IAD. Detestaria ter que entregar a finalização dessa missão ao casal Smith.
– Eu também não gostaria nada disso, B.! Vamos deixar John e Jane fora dessa missão.
– Sabe, não julgo eles…fazem o seu trabalho e são bons nisso. Mas prefiro que tudo acabe sem a “proposta irrecusável” com que eles finalizam uma situação.
– Veja, D, acho que essa cafeteria ali na frente é um bom local para repassarmos a linha de ação.
– Certo, B., vamos nessa!
A dupla sentou-se a uma mesa no canto da cafeteria, enquanto Don dirigiu-se ao garçom em um bom alemão:
– Zwei Kaffee, bitte!
– Ainda bem que o nosso alemão está bem afiado, logo vamos precisar ainda mais dele, falou Bárbara, satisfeita.
Após o garçom se afastar, Don olhou diretamente nos olhos de Bárbara e, procurando não demonstrar preocupação, falou:
– Então, revisando, enquanto eu falo com ele, você coopta a moça para a nossa ideia, sempre seguindo a argumentação que já discutimos. Tudo em em consonância com a psicologia, os sentimentos e os interesses prioritários de cada um deles.
Bárbara sentiu um desconforto, mas logo se recompôs e respondeu assertivamente, mesmo que um tanto apreensiva:
– Temos que convencê-los, Don! Use toda a sua persuasão e mostre a ele todas as vantagens da nossa proposta.
– Não se preocupe, B! Apesar de instável e, às vezes, irascível, Adolf ainda é jovem e sonhador…um adolescente que ainda não tem a mente deturpada pelo fanatismo e nem o coração tomado pelo ódio aos diferentes.. Acho que você é que terá a parte mais difícil com a garota… ela é a chave para o nosso sucesso.
– Sei que ela é a chave, D. Pelo que sabemos, ela é mais madura, experiente, inteligente e desconfiada do que ele nesse recorte temporal em que vamos abordá-los.
– Concordo, B, mas você dá conta.
– Vou dar, D! Ela tem origem judia, vou demostrar que ela tem tudo a ganhar se aceitar a nossa oferta… e tudo a perder, caso não se interesse.
– Sem dúvida! Bem, B, já estamos descansados e preparados. Hora de fazermos o trabalho de campo e acho que aqui é um bom local para a nossa reunião final. Vamos conversar com os dois e, caso as coisas corram como planejamos, trazemos eles para cá e aí selamos o acordo em definitivo.
Don chamou o garçom, pagou a conta e, então, separaram-se, desejando sorte um ao outro.
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Este folhetim foi escrito em seis capítulos. A parte 2 será publicada na quarta, 19
