Irmãos seguem mesmos passos; um escreve, outro interpreta para os ouvintes

Primeiros passos
O menino começara andar.

Tropeçava em partes da casa e tentava imitar o irmão.

Durante quase todos os anos da adolescência foram assim.

Imitava tudo o que podia.

E a vida foi se metamorfoseando em formas de aprendizado.

Segundos passos
O menino seguiu na trilha do irmão.

Procurando replicar as ações incríveis que viu sonhava um dia ser.

E entraram pela vida do rádio, do futebol, do Instituto de Educação e tudo.

E o menino jamais perdeu a referência do irmão.

Terceiros passos
O tempo passou e eles crescerem.

O irmão ficou na cidade pequena em que moravam e o menino se foi para Marília e depois São Paulo.

A vida foi se incumbindo de traçar nos dois as marcas da estrada.

O irmão criou a sua própria vida lá na cidade pequena e o outro se mandou para a cidade grande.

A vida faz tramas e reencontros incríveis.

Quarto passo
Década após, o irmão já estava estabelecido numa outra cidade no sul do Brasil.

Trouxe o mano recém-formado em jornalismo.

E então, a vida se abriu de forma linda e prazerosa.

Anos de experiências profissionais conjuntas e e tanta coisa boa de viver.

Trouxeram os pais.

E eles foram morrendo como tudo morre.

E um dia se foram para a Capital.

Quinto passo
Tantas estradas trilhadas e e sempre juntos.

Criaram projetos e viveram novas experiências lindas.

E o tempo foi mostrando que a vida não seria sempre assim.

Compassos e descompassos e desentendimentos banais…

Acabaram se perdendo nas estradas.

Sexto passo
Com o tempo, a vida foi trazendo eles de volta um para o outro.

O irmão já “maduro” e o mano mais novo já “sessentão”.

Perceberam que a vida é muito curta para ser pequena.

Finalmente se juntaram num projeto conjunto de comunicação (coisa deles e dos pais e da alma)

Hoje, o mano “menor” escreve as histórias para o mano “maior” interpretar nas rádios aí de Santa Catarina.

E como diria a mãe deles dois:

“…meninos, se dividir a gente multiplica…Prestem atenção: o amor e a Gratidão…É só o que fica”.

E seguem, hoje, em Paz.