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Adorno de tigre vira moda entre chineses e incentiva caça ilegal

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Conservacionistas vão tentar reduzir a demanda por partes de tigre na China, numa campanha para salvar os grandes felinos, alertaram especialistas em uma conferência de combate à caça ilegal em Katmandu.

Milhares de tigres habitavam as florestas no sul e sudeste da Ásia, mas o número de animais caiu para cerca de 3.000 mundialmente. Especialistas dizem que a caça ilegal é motivada por um próspero mercado na China, onde partes do animal são usadas como símbolo de status e na medicina tradicional.

Existe uma cultura entre as pessoas mais ricas da China (sobre possuir partes de tigre)”, disse Michael Baltzer, líder do WWF Tiger Alive Initiative, referindo-se às pessoas que adornam cabeças de tigres e decoram salas de estar com tapetes feitos com suas peles.

“A criação de tigres na China encoraja (a caça) por estimular a demanda por partes de tigre”, disse Debbie Banks, chefe da Tiger Campaign, da Agência de Investigação Ambiental, com sede na Grã-Bretanha.

Cem tigres por ano foram mortos para venda ilegal desde a virada do século, disse James Compton, diretor do setor asiático da TRAFFIC, uma rede de monitoramento de troca e venda de vida selvagem. Os números são baseados em partes de tigres apreendidas e reportadas por autoridades. “Tigres vão ser caçados enquanto houver demanda”, afirma Anil Manandhar, do grupo de conservação WWF Nepal.

“Nossa meta não deve ser somente zero para a caça ilegal, mas também zero para a demanda de partes de vida selvagem”, disse Manandhar durante a conferência.O Nepal está sediando a conferência contra a caça ilegal de animais, com participação de representantes de 13 países e grupos de conservação para criar uma estratégia para combater essas ações na Ásia.

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