Homem da Meia Noite sai da toca e eterniza o carnaval de olindenses
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emO Homem da Meia-Noite faz questão de manter a tradição do carnaval de Olinda. E por isso, pontualmente, à 0h deste domingo (15), pela 83ª vez, cruzou a porta da sede do seu “Clube de Alegoria e Crítica”, no Largo do Bonsucesso, encantando uma multidão, que aguardava ansiosa que ele aparecesse.
Este ano o clube desfilou com o tema “O místico, o mágico e o fantástico”. O traje (camisa verde-escura e fraque preto), foi confeccionado pelo artista plástico olindense João Andrade. E imponente, logo o calunga ganhou as ruas, que parecem ficar mais cheias a cada ano.
Sob a regência dos maestros Carlos (oficial da agremiação) e Forró, a orquestra do Gigante emocionou a todos com os versos do hino do clube. Artistas como Conxitas e o grupo Flor da Lira participaram da festa e homenagearam sua presença.
O presidente da agremiação, Luiz Adolpho Alves, não escondia a emoção de, mais uma vez, poder ver o sucesso do Gigante na rua. E tinha certeza de que foi superada a expectativa dos organizadores de arrastar 400 mil foliões.
“Este ano a quantidade de gente surpreendeu. Sem dúvida tivemos um público ainda maior nas ruas. É muito gratificante, é mágico ver esse carinho que o povo tem pelo calunga”, afirmou.
A professora Elisabete Chagas acompanha o desfile há mais de duas décadas. Levava as filhas desde quando elas eram crianças. Desde o ano passado leva também o neto, agora com um ano e três meses.
“No desfile de 2014 ele (o menino) chamou atenção das pessoas, porque ainda estava muito novinho e mesmo assim trouxemos. É uma tradição da nossa família. E, quando o calunga passa, não há quem segure as lágrimas”, conta.