Sem garis, prefeitura do Rio manda que blocos limpem as ruas
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emA grande quantidade de lixo presente nas ruas por conta da paralisação dos garis e a expectativa de que ainda mais lixo seja gerado pelo foliões que devem participar dos 42 blocos programados para desfilar no Rio de Janeiro no fim de semana levou a prefeitura a pedir que os responsáveis pelos blocos ajudem na limpeza das ruas.
Em entrevista no auditório da prefeitura o secretário especial de Turismo, Antonio Pedro Figueira de Mello, disse que ao menos três desfiles – Mulheres de Chico, Bafafá e Monobloco — terão funcionários terceirizados contratados pela Ambev, patrocinadora do Carnaval de rua, para auxiliar na limpeza e que conta com a “criatividade” dos representantes dos blocos e a boa vontade da população para diminuir a quantidade de resíduos deixados no chão depois dos desfiles.
A empresária Maria Clara Ferreira, responsável pelo Monobloco, que deve levar cerca de 500 mil pessoas à avenida Rio Branco neste domingo, disse que o secretário sugeriu que os participantes do bloco limpem a avenida depois do desfile. “Ainda estamos estudando como isso será feito. A prefeitura se dispôs a disponibilizar vassouras e sacos para que a equipe do bloco limpe a rua”, afirmou.
Mello não soube precisar, no entanto, quantas pessoas participarão da operação especial realizada pela Ambev e colocou parte da responsabilidade pelo lixo nas ruas na população que participa dos blocos.
Parte do garis está em greve desde o sábado de Carnaval. Na manhã desta sexta-feira, diversas vias do Rio ainda amanheceram com grandes quantidades de lixo acumuladas e caminhões da Comlurb trabalharam sob escolta do Batalhão de Choque. Ausente na reunião com os blocos, o presidente da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), Vinícius Roriz, afirmou no começo da noite desta quinta-feira que as ruas estarão limpas em dois dias.