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Purussaurus brasiliensis mordia mais forte do que o feroz Tiranossauro rex

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O rei dos dinossauros perdeu o seu posto: o feroz Tiranossauro rex (Tyrannosaurus rex) teve sua mordida superada pela do Jacaré do Acre (Purussaurus brasiliensis), um antepassado do jacaré atual, que viveu há 8 milhões de anos na Amazônia e que tinha a mordida com o dobro de força.

“O Purussaurus brasiliensis mordia com sete toneladas de força”, detalhou Tito Aureliano, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e coautor do estudo.

Segundo ele, essa potência era 20 vezes maior do que a mordida do tubarão branco, embora o recorde de mordidas fortes seja do ‘Carcharodon megalodon’, um tubarão gigante, que conseguia morder com a força de até 18 toneladas.

Tamanha abocanhada servia a esse animal terrestre para conseguir os 46kg de carne que precisava comer por dia, já que os seus dentes conseguiam atravessar a dura pele de animais de enormes dimensões.

“O limite de sua dieta era literalmente seu tamanho. O Jacaré do Acre se alimentava de mamíferos grandes. Existia até mesmo canibalismo, mas ele também comia lagostas, gambás e peixes”, relatou Aureliano.

Em sua opinião, estes dados dizem muito sobre os limites da natureza.

“Ele era o predador do topo da cadeia alimentar durante a época do Mioceno, com total liberdade para escolher suas presas”.

No entanto, o surgimento da Cordilheira dos Andes e a redução dos pântanos que dominavam a atual região amazônica foi o princípio do fim para o Jacaré do Acre.

“A transformação dos pântanos nos atuais rios e o surgimento da Floresta Amazônica favoreceu a seleção natural de animais de menor porte”, esclareceu o cientista, que lembrou que o canibalismo foi outro fator que contribuiu para a extinção deste “monstro”, descoberto em 1892 pelo cientista João Barbosa Rodrigues.

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