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Incerteza com o ajuste fiscal faz o dólar chegar a R$ 3,13

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O dólar comercial registrou a sexta alta seguida nesta segunda-feira (9) e fechou com valorização de 2,4%, a R$ 3,13 na venda. É o maior nível de fechamento desde 22 de junho de 2004, quando valia R$ 3,131. É também a maior alta percentual diária desde 30 de janeiro, quando a moeda avançou 2,96%.

A moeda norte-americana encerrou todas as cinco sessões da semana passada com alta de mais de 1%, acumulando ganho de 7,02% no período, a maior desde novembro de 2008 (8,37%), no auge da crise econômica global.

Nas últimas seis sessões, o dólar avançou 9,58%. Investidores estavam preocupados com a viabilidade do ajuste fiscal, que é feito por meio do aumento de impostos e corte de benefícios.

As medidas de reequilíbrio das contas públicas vinham segurando uma maior alta do dólar, com perspectivas de que a economia pudesse retomar força.

Nas últimas semanas, contudo, as dificuldades que o governo tem enfrentado para implementar essas ações levantaram dúvidas entre investidores, que passaram a evitar negócios brasileiros. Isso impulsionou o dólar aos maiores níveis em mais de dez anos.

O movimento também reforçou a incerteza sobre o futuro das intervenções diárias do Banco Central no mercado de câmbio, marcadas para durar pelo menos até o fim deste mês.

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