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Ativista americana trava batalha por direito a mostrar mamilos

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Você já parou para pensar em como os mamilos femininos são censurados? Embora os seios sejam superexpostos e estejam por todo lado, os mamilos femininos precisam estar sempre escondidos. Os dos homens, ao contrário, podem se mostrar livremente, inclusive nas ruas. Essa observação levou a fotógrafa e ativista norte-americana Lina Esco a criar o projeto “Free the Nipple” (liberte os mamilos, em tradução livre do inglês), em 2014.

A diferença de tratamento entre os mamilos de cada gênero causa desigualdades na imposição de leis sobre nudez, sempre mais restritivas em relação ao corpo feminino, e provoca problemas para atividades comuns, como amentar: mães têm de se esconder ou, pelo menos, se cobrir se precisarem amamentar seus bebês em locais públicos.
Para Lina Esco, essa contradição é resultado da mentalidade que vê o corpo e a sexualidade femininos como mercadoria. “Transformam os seios em um objeto –como algo sexual–, e a mulher não pode decidir sobre como ‘usar’ o próprio corpo”, disse ela ao “Mic”, site de notícias norte-americano.

E completa: “Só porque o nome do nosso movimento é ‘Free the Nipple’, não significa que queremos o mundo inteiro engajado em uma revolução a favor do topless. O projeto é sobre ter esse direito e essa escolha”, declarou. Esco explica que o direito de expor os mamilos está diretamente ligado à censura sobre o corpo feminino, à diferença de salário entre homens e mulheres e à vergonha de amamentar.

No Brasil, a fotógrafa Julia Rodrigues, do Rio de Janeiro, que teve uma foto censurada no Facebbok por mostrar os mamilos de uma modelo, promove a campanha “Pode e Não Pode”. Em sua página na rede social, a brasileira posta fotos de homens e mulheres sem camisa. Com um porém: para não ser bloqueada, as modelos femininas aparecem com uma tarja preta escondendo os seios.
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