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Greve dificulta volta de quem conseguiu ir para o trabalho no Plano Piloto

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A greve dos rodoviários, iniciada na madrugada de segunda (8), dificultou a volta para casa dos que foram trabalhar. Sem ônibus, a população teve que recorrer ao transporte pirata – veículos sem licença para conduzir passageiros –, ao metrô ou tirar o carro da garagem.

Cerca de 2,7 mil ônibus permanecem parados e a greve afeta 1 milhão de pessoas, segundo o governo. Apesar de o Tribunal Regional do Trabalho ter determinado um mínimo de 70% da frota dos ônibus circulando no horário de pico e 50% no entrepico, quase não há coletivos nas ruas.

A Rodoviária do Plano Piloto que normalmente fica cheia de passageiros, estava praticamente vazia, no início da noite. Por outro lado, a estação do metrô, que fica ao lado do terminal, teve movimento acima da média.

Por causa dessa demanda, o Metrô-DF informou que operará com 24 trens das 16h às 21h para. O número de pessoas em trânsito por dia, que chega a 150 mil, teve acréscimo de 30%, segundo a companhia. Esse aumento de passageiros levou à formação de grandes filas nos guichês. “Aqui só não ficou mais cheio porque colocaram mais trens. Mesmo assim, o movimento está grande”, disse o vigilante José Ferraz, que usa o metrô diariamente.

Sem ônibus, o funcionário público Fernando Oliveira teve que ir trabalhar de carro. “Tenho colegas que pagaram até R$ 5 para os ônibus piratas. Se não for assim, é de carro, com um engarrafamento gigantesco, ou de metrô”, disse Oliveira.

Para tentar diminuir o impacto no trânsito, o governo liberou para os carros as faixas exclusivas de ônibus das principais vias do DF.

A greve foi decidida em assembleia no domingo (7). Os trabalhadores pedem reajustes de 20% nos salários e 30% no tíquete-alimentação e na cesta básica, além de plano de saúde familiar. Os empresários ofereceram 8,34% de reajuste salarial.

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