Infarto mata mais do que se imagina, mas quem cuida, se livra do risco
Publicado
emVocê já ouviu falar em morte súbita? Se não, ela é caracterizada pelo óbito inesperado e acontece após uma hora do início dos sintomas. Este problema acomete cerca de 300 mil brasileiros por ano e é responsável por 60% dos falecimentos em escala global, superando doenças como câncer, diabetes e hipertensão arterial. Um dos dados mais alarmantes é que 50% dos casos não apresenta nenhum sintoma prévio.
“A morte súbita normalmente é causada por uma arritmia cardíaca grave que acontece em decorrência de doenças do coração, a principal delas é o infarto de miocárdio. Em cerca de 40% dos casos, este problema se manifesta com morte súbita, que pode acontecer inclusive em pessoas jovens”, alerta Eustáquio Ferreira, cardiologista e arritmologista do Hospital do Coração do Brasil, em Brasília.
O especialista acrescenta que, quando se trata deste problema, a prevenção é uma etapa fundamental. “É importante lembrar que as avaliações cardiológicas frequentes podem evitar a morte súbita. Assim, sintomas como desmaio, palpitações e dores no peito podem ser um sinal de algo não está bem, e isto deve ser investigado. Porém, em boa parte dos casos, a morte súbita não apresenta nenhum sintoma prévio, por isso, é importante ressaltar que quem têm mais 40 anos, vai iniciar a prática de atividades físicas, ou tem histórico familiar de morte súbita deve ter atenção redobrada com a saúde cardiovascular”, esclarece.
E quanto aos atletas? O médico Eustáquio Ferreira afirma que estes profissionais estão no grupo de risco deste problema. “Os esportistas devem fazer uma avaliação cardiológica regular, mesmo quando não apresentam nenhum sintoma. Eles podem ser portadores de alguma doença cardíaca genética desconhecida, que pode desencadear arritmias fatais quando há esforço extremo. Em geral, estes problemas são identificados e tratados nas consultas com especialistas. Além disso estas pessoas estão mais suscetíveis a morte súbita, pois são submetidas diariamente a altos níveis de esforços físicos”, conclui o cardiologista.